Ano novo sujeito a raios e trovoadas em Japeri

Grupo derrotado em 2020 estaria vendo no vice-prefeito da cidade o atalho para chegar ao poder

● Elizeu Pires

No estado democrático e de direito uma eleição se ganha nas urnas, com o povo se manifestando de forma livre e consciente através do voto. Porém, em Japeri, município mais pobre da Baixada Fluminense, ao que parece, tem gente pensando que pode virar a mesa e mudar no grito o resultado homologado pela Justiça Eleitoral, que oficializou – depois de computada a votação – a vitória da médica Fernanda Ontiveros sobre oito correntes, entre eles o então prefeito da cidade e três ex-governantes.

Fernanda, que completa neste sábado (1) o primeiro ano de mandato, teve seis meses de tranquilidade para trabalhar, e só. De julho em diante passou a ser alvo de ataques confundidos com atos de oposição republicana, mas sustentados por acusações baseadas, segundo ela mesma diz, no ouvi dizer e no andam dizendo por ai, “denúncias vazias”. Mas isso deverá ter sido apenas um início de uma tempestade, pois, quem acompanha a política local de perto, diz que o grupo derrotado deverá partir com tudo para cima da prefeita, pois estaria vendo no vice-prefeito a chance de tomar a cadeira.

Para pelo menos desses observadores, as denúncias feitas pelo vereador Tiago da Silva Souza, mais conhecido como Tiago Careca, visariam criar um ambiente de instabilidade política no município e tentar levar a Câmara Municipal a tomar uma medida drástica, pois, para ele e mais alguns, seria interessante a derrubada da prefeita para abrir caminho para um alinhado que aceitasse ser tutelado.

“Isso está muito claro hoje. Uma Câmara sem voz contrária ao governo é um poder supérfluo, não serve para nada. Mas um oposição movida meramente pela vontade de se obter o poder, é algo que não se pode aceitar. Se o vereador quer governar deveria ter concorrido a prefeito. O que é preciso aceitar é que o grupo dele perdeu a eleição. Isso é fato. Não vai ser pondo o vice na cadeira que o grupo vencido vai apagar o resultado das urnas. Se o vereador tem provas contra a prefeita que ponha as cartas na mesa. Ficar jogando para a plateia não parece coisa de quem tem convicção do que fala”, analisa um observador.

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