Itatiaia rejeita nomes de Resende no governo

Presença de vereador afastado pela Justiça incomoda quem acreditou no discurso de mudança

● Elizeu Pires

Ao que parece Irineu vai precisar gastar tinta da caneta assinando exonerações

Eleito em pleito suplementar realizado no dia 13 de março com 8.507 votos (47,95% da votação válida), o prefeito Irineu Nogueira (PTB) está há menos de 50 dias no cargo, pouquíssimo tempo para mudar alguma coisa, mas suficiente para levar à desconfiança que a renovação pregada na campanha pode ter sido apenas uma palavra solta em seu discurso.

Pelo menos é a essa percepção que remete a escolha de um político com “filme queimado” em Resende para chefiar o gabinete mais importante da administração municipal, o do próprio prefeito. Se a essa hora Luiz Carlos de Alencar Besouchet, mais conhecido como Kiko Besouchet, já não tiver sido exonerado, sua permanência no governo deve estar por um fio, isso se o “Rei das Trutas” quiser evitar ainda mais desgaste.

Na última segunda-feira (16), por exemplo, após pedir demissão do cargo de procuradora-geral do município, a advogada Manoela Neves de Castro Gambardella fez um desabafo que atingiu em cheio o governo municipal. Em mensagem a um grupo de amigos ela falou de “coisa imunda” que estaria acontecendo por lá, mas até agora o prefeito não se pronunciou sobre isso. “Queria dizer pra vocês que hoje cedo pedi minha exoneração. Existe muita coisa imunda acontecendo nessa Prefeitura, infelizmente, e eu precisei tomar essa decisão para que meu nome não fosse envolvido”, escreveu ela.

Filme queimado” –  Conforme já foi revelado na matéria Itatiaia teria virado “puxadinho” de Resende, reclamam por lá, além de Kiko, Irineu buscou outros nomes em Resende, e, conforme queixas de alguns aliados de Nogueira, esses estariam mandando e desmandando em seu governo, fazendo exatamente o que os mais antenados do hoje ex-distrito não querem.

Rejeitado em Resende, onde não consegui renovar o mandato de vereador, Kiko passou alguns meses do ano passado na Prefeitura de Macaé, onde ocupou o cargo de consultor técnico da Secretaria de  Mobilidade Urbana, Kiko não conseguiu mais se reeleger após ser afastado pela Justiça em 2015, quando foi deflagrada a Operação Betrug, realizada pelo Ministério Público para desmontar um esquema de fraudes em licitações na Câmara de Resende.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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