Queixas são de que prefeito de Miguel Pereira se acha o maior líder político da região
● Elizeu Pires
Pequena cidade do centro-sul do estado Rio de Janeiro, Miguel Pereira tem cerca de 26 mil habitantes e um prefeito reeleito com 13.251 votos, André Pinto de Afonseca, o André Português (foto), que se coloca como se fosse a maior liderança da região, a ponto de ter pretendido ser o candidato a vice na chapa do governador Claudio Castro, eufórico que ficou por ter obtido 83,22% dos votos apurados no pleito de 2020, mesmo tendo a consciência de ter concorrido praticamente sozinho, tal a inexpressividade política dos três adversários que se apresentaram para disputar com ele, que já estava montado na máquina administrativa.
Para alguns observadores mais atentos, o prefeito de Miguel Pereira estaria atuando para ampliar sua área de atuação, e não seria surpresa se ele lançasse à uma Prefeitura vizinha, mas antes aconselham, vai precisar fazer uma conta, pois não estaria com essa força política toda, como pontua um cascudo político da região, que entende que Português supervaloriza o resultado obtido nas urnas em 2020, ignorando que feito maior é o do funcionário público municipal Joacir Barbaglio Pereira, o Joa, eleito em Três Rios. “O Joa foi eleito com 19.118 votos, 45,51% que pesam mais na balança política que os 83,22% conferidos a André, pois derrotou Josimar Sales Maia, que tentava a reeleição”, compara.
Se os números de Três Rios não convencem o prefeito de Miguel Pereira de que ele não é essa força que imagina, parte dos políticos da região já fez as contas e passou a ver peso maior em Joa, que, mais humilde, vai tocando seu barquinho em águas próprias, sem meter a colher na panela do vizinho, como Português estaria fazendo em Japeri, por exemplo, um município pobre da Baixada Fluminense que parece ter despertado o interesse do “Bambambã do Interior”, como André é chamado em alguns ambientes políticos da capital fluminense.
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