Cresce o número de mulheres eleitas e deputados autodeclarados negros
A Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj) terá uma renovação de 45,7% a partir do ano que vem. A próxima legislatura, determinada pelo resultado das eleições do último domingo (2), contará com 32 novatos e 38 reeleitos. Nas eleições de 2018, a renovação havia sido de 51%, com 36 novos deputados sendo eleitos na ocasião. A posse dos novos integrantes da Alerj acontecerá em fevereiro de 2023.
A maior bancada será do PL, com 17 deputados. Em sequência, vem a bancada do União Brasil, com oito parlamentares, seguida pelo PT com sete, PSD com seis e PSol com cinco. O PP contará com 4 parlamentares e o Republicanos e o Solidariedade terão três deputados cada um. Os partidos com dois representantes na Alerj serão o PSB, PROS, MDB, PDT e Podemos. Já com um parlamentar cada estão os seguintes partidos: Avante, PMN, Patriota, Agir, PSC, PTB e PCdoB.
O deputado mais votado foi Márcio Canella (União), com 181.274 votos. O parlamentar chega ao seu terceiro mandato na Alerj e atualmente é o presidente da Comissão de Orçamento e líder do partido União Brasil. Tem sua base na cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No município já foi vereador e vice-prefeito entre 2017 e 2018.
Outros seis eleitos tiveram votação expressiva, com mais de 100 mil votos. São eles: Douglas Ruas (PL), com 175.977; Renata Souza (PSol), com 174.132; Rosenverg Reis (MDB), com 131.308; Dr. Serginho (PL), com 123.739; Delaroli (PL), com 114.155 e Thiago Gagliasso, com 102.38.
Nestas eleições também houve crescimento da bancada feminina. Na próxima legislatura serão 15 mulheres, representando 21,4%. Em 2018, haviam sido eleitas 12 mulheres. Também foi eleita a primeira transsexual da história da Alerj. Dani Balbi (PCdoB) é doutora em literatura pela UFRJ e professora da Escola de Comunicação Social. Outro destaque feminino foi a eleição de Índia Armelau (PL), autodeclarada indígena, e Elika Takimoto (PT), autodeclarada asiática.
Comparando com a eleição de 2018, foram eleitos mais parlamentares autodeclarados pardos, pretos, indígenas e asiáticos. A Alerj terá 24 deputados que não se consideram brancos, ou seja, 34,2%. Destes, oito se declaram pretos e 24 pardos, além de Índia Armelau e Elika Takimoto. Em 2018, não foram eleitos asiáticos e indígenas, os pardos eram 14 e cinco se autodeclaravam negros.
A partir de 2023, o deputado Carlos Minc (PSB) iniciará seu décimo mandato consecutivo, tornando-se o parlamentar mais antigo na Casa. Ele foi eleito pela primeira vez em 1985 e tem 71 anos. No Executivo, ocupou os cargos de secretário de Meio Ambiente e Ministro do Meio Ambiente. É professor, economista, geógrafo e ambientalista.
Já o mais novo deputado será Andrezinho Ceciliano (PT), com 24 anos. Filho do atual presidente da Casa, o deputado André Ceciliano (PT), é estudante de direito e nasceu na cidade de Paracambi, na Baixada Fluminense. Os outros eleitos mais jovens são Dani Monteiro (PSol), com 31 anos, Vinícius Cozzolino (União), também com 31 anos, e Thiago Gagliasso (PL), com 33 anos.
Ao todo, 17 atuais deputados não conseguiram a reeleição ao cargo e nove deputados estaduais, que disputavam outros cargos, como senador e deputado federal, não foram eleitos. Atual parlamentar da Alerj, Max Lemos (PROS) foi eleito deputado federal. Já o também deputado estadual Thiago Pampolha (União) será vice-governador de Cláudio Castro (PL), reeleito para o cargo em primeiro turno. Não foram candidatos a cargo político nestas eleições os seguintes parlamentares: Anderson Alexandre (SDD); Eliomar Coelho (PSB); Sérgio Louback (PSC) e Luiz Martins (União).