Prefeito de Queimados abre vaga na Câmara e garante volta de ex-vereador que chegou a ser condenado por fraude eleitoral

● Elizeu Pires

O que se comenda nos ambientes políticos da cidade é que o pastor Glauco estaria rezando a todos os santos para obter a graça da reeleição – Foto: Estúdio B

Ao que parece o prefeito de Queimados, Klauco Kaizer (Solidariedade), apesar de se comentar na cidade que para ser considerado ruim seu governo precisa melhorar muito, está avançando na costura de alianças para tentar a reeleição em 2024. Certeza disso teve quem viu na edição de ontem (2) do diário oficial do município a nomeação do vereador Rafael Rosemberg Coelho da Silva, o Rafael Foquinha (PTB), para o cargo de secretário de Trabalho, Emprego e Renda.

Com essa mexida no tabuleiro Kaizer abre vaga na Câmara para o primeiro suplente da legenda, Adriano Morie, que em agosto de 2021 chegou a ser condenado em processo no qual fora denunciado por fraude eleitoral. Para assegurar o retorno de Adriano ao Poder Legislativo e assim garantir mais um cabo eleitoral popular para a campanha no próximo ano, o prefeito exonerou o suplente de vereador pelo PDT, Getúlio de Moura, o Getúlio do Tutu.

Como fora noticiado na matéria Por fraude nas eleições de 2016, ex-vereador de Queimados é condenado a 20 anos e a perda do cargo de policial militar, veiculada em 18 de agosto de 2021, o juiz da 138ª Zona Eleitoral de Queimados, Luís Gustavo Vasques, condenou o ex-vereador e policial militar Adriano Morie (PTB) a 20 anos e cinco dias de prisão. Adriano foi denunciado pelo Ministério Público sob a acusação de ter liderado um esquema de fraude nas eleições de 2016, com membros do grupo dele votando com documentação falsa.

 Na mesma decisão foi condenado ainda o funcionário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro Mario Cesar Pereira Gomes, uma sentença de 17 anos, mais a perda da função pública. O funcionário do TER-RJ foi denunciado por criar eleitores fantasmas com uso de documentos falsos.

A descoberta do esquema levou a Justiça Eleitoral a passar um pente fino no municio. Queimados foi a primeira cidade do Rio de Janeiro a receber o cadastro de eleitores por biometria, o que  resultou no cancelamento de mais de 40 mil títulos de eleitores.

Ainda pelo que foi denunciado à Justiça, o esquema foi descoberto por volta das 12h30 do dia 2 de outubro de 2016 por agentes da 55ª DP, que abordaram um carro no qual estavam três cabos eleitorais de Adriano – Ramon Rodrigo Gonçalves, Marcelo da Silva Ribeiro e Wallace Machado Oliveira. Eles foram flagrados com carteiras de identidade e títulos de eleitor falsificados, documentos que teriam sido usados por eles para votar. Os três também foram condenados, recebendo pena de 15 anos e seis meses de reclusão.

Apesar da denúncia de fraude Adriano Morie disputou as eleições de 2020 e foi o segundo candidato mais votado do PTB, que conquistou naquele ano apenas uma cadeira na Câmara Municipal. Morie obteve 676 votos.

*O espaço está aberto pela manifestação do prefeito de Queimados.

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