Sucessão em Nova Iguaçu: Ao contrário do disse me disse, PT ainda não vê um nome para lançar e tudo indica que poderá se colocar no apoio

● Elizeu Pires

O PSDB pretende entrar na disputa com o médico e empresário Henrique Paes, o Republicanos se reúne em torno de Juninho do Pneu, o União trabalha Clébio Jacaré, e o prefeito Rogério Lisboa já sabe muito bem qual nome indicar à sua sucessão, mas diz que ainda não chegou a hora de revelar, pois parece estar costurando mesmo é uma aliança forte para sustentar seu preferido.

Já no PT a coisa toma rumo incerto e não sabido, pois quando, em abril deste ano, o deputado Lindberg Farias (PT) fez menção ao possível lançamento de seu nome para disputar a Prefeitura de Nova Iguaçu em 2024, muita gente se animou no Partido dos Trabalhadores, que desde 2016 não elege sequer um vereador na cidade, mas passados apenas dois meses, os ânimos parecem ter esfriado, pois, ao que tudo indica, Farias não tem planos de voltar a governar o município que esteve em suas mãos de 1 de janeiro de 2005 a 31 de março de 2010, quando renunciou ao mandato para concorrer ao Senado.

A verdade é que desde que Farias deixou a Prefeitura o PT foi se esvaziando em Nova Iguaçu. Em 2012 a legenda conseguiu três cadeiras de vereador. Em 2016 não elegeu ninguém, mas foi salvo pela improvável vitória de Rogério Lisboa sobre Nelson Bornier, que aparecia como reeleito em todas as pesquisas.

A eleição de Lisboa abriu espaço para o PT no governo, até porque o vice Carlos Ferreira era um quadro petista. Ferreirinha saiu do partido, mas nomes do PT permanecem no governo até hoje, e a legenda até tinha uma secretaria de visibilidade, a de Serviços Públicos, quer era comandada até dias desses por Douglas Muciollo.

Na semana passada Douglas foi exonerado e, apesar da deferência “a pedido” na portaria, saiu por vontade do prefeito e não dele próprio, pois até os mosquitos que se abrigam nos arbustos em torno da sede do governo sabem que ele vinha se colocando como o nome do PT para disputar a sucessão de Lisboa, o que nunca estive perto do possível, segundo gente do próprio partido revela.

Com um Lindberg aparentemente desinteressado não há outro nome no bolso do colete, e não será surpresa se em 2024 o PT não aparecer numa composição e partir para as eleições apenas com uma nominata de vereadores, apesar de ter gente falando em André Ceciliano, que parece estar muito à vontade em Brasília, no cargo de assessor especial de Relações Institucionais da Presidência da República

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