Leonardo trabalha por um maior número de cabos eleitorais de luxo e isso vale até para o ex-prefeito Max Lemos, que já se achava com vaga garantida em Brasília
Visto hoje como extensão da casa do “coisa ruim”, o PMDB, segundo estimativas internas, não deverá eleger mais do que quatro deputados federais no Rio e quem sabe ser arriscado ficar sem um mandato atualmente, está movimentando o tabuleiro para organizar as peças. Assim, suplentes que tiveram entre 15 mil e 30 mil votos nas eleições de 2014 correm risco de serem reduzidos a meros cabos eleitorais este ano, o que estaria valendo até para quem vinha se achando o rei da cocada. O ex-prefeito de Queimados, Max Lemos (foto), por exemplo, já teria sido avisado de que a vaga que lhe será destinada na legenda é de candidato a deputado estadual, pois sua base – sempre tratada como mero curral eleitoral – teria ficado pequena demais para dois. Lemos ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas uma fonte ligada ao PMDB disse ontem que ele deverá concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa para não atrapalhar o filho do “dono” do partido, o ministro do Esporte Leonardo Picciani.
Nas eleições de 2014 o PMDB formou uma aliança para deputado federal com o PP,PSC,PSD e PTB. Essa coligação conquistou 19 cadeiras, ficando oito delas com o PMDB. Para deputado estadual o partido concorreu sozinho e elegeu 15 parlamentares. Contabilizando as perdas e os danos com os escândalos e operações policiais, o partido acredita que, concorrendo isolado, ainda consegue umas nove cadeiras na Alerj.
Eleito com 180.741 votos em 2014, Leonardo Picciani sabe que se conseguir a metade disso este ano já terá sido uma proeza e tanto, daí a importância de cidades como Queimados, onde, da última vez, ele teve 18.039 votos, 25,39% do total válido.
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