MDB quer eleger Moreira, Picciani e mais dois

Agora sem o P, partido quer perder a fama de filial da “casa do demo”

Nada de Leonardo Picciani e muito menos Marco Antonio Cabral. O primeiro nome da lista do MDB paras eleições desde ano no Rio é tem outro nome, Wellington Moreira Franco, para quem deverão estar voltadas todas as atenções a partir de agora. Comandado no estado pelo deputado Cabralzinho, mas ainda controlado pela família Picciani, o partido ficará com o maior pedaço do bolo do fundo partidário e a preocupação hoje é não deixar que os recursos financeiros sejam geridos pelos atuais caciques. Conscientes de que não será mais possível eleger oito deputados federais, os “donos” da legenda têm hoje três nomes no topo da lista de candidatos a deputado federal, e Cabralzinho, mesmo sendo o presidente, não é um deles. As apostas internas são em Moreira Franco, Leonardo Picciani e Pedro Paulo – se este não mudar de sigla junto com o ex-prefeito Eduardo Paes, cotado para disputar o governo estadual pelo PSB -, podendo entrar um quarto nome, no máximo mais um, nas avaliações mais otimistas.

Atualmente morando na Cadeia Pública Frederico Marques – junto com o tesoureiro do partido, Edson Albertassi e outro medalhão da legenda, Paulo Melo – Jorge Picciani ainda vem conseguindo ditar as regras no MDB fluminense, mas ninguém acredita que isso dure até 31 de março, já que Moreira poderá tomar as rédeas para tentar desviar o partido do abismo. “O fundo partidário não poderá ser distribuído em favor de uma meia dúzia de privilegiados. Se as coisas continuarem do jeito que estão os recursos serão destinados apenas a uns poucos candidatos”, entende um que defende que o controle do MDB fique com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Mais maleável e respeitado que todos os Picciani juntos, Moreira Franco tem cumprido uma longa agenda externa, marcando presença em vários municípios, onde tem sido sempre recebido, ao contrário do emissário dos Picciani, Max Lemos, de quem prefeitos e vereadores não esquecem pelo chá-de-cadeira que ele dava em que ia bater cabeça para o chefe no quartel central da campanha de 2014. Ainda com um ativo eleitoral e tanto no interior fluminense, Moreira tem uma longa estrada pavimentada por ele mesmo, ao contrário de Leonardo, que sempre depender da influencia do pai para se eleger.

 

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