● Elizeu Pires

Os sinais de fraqueza do governador Claudio Castro diante às pressões que ele mesmo já disse que estaria sofrendo por parte de um grupo de deputados teria aberto uma espécie de bolsa de apostas em meios políticos e empresariais do Rio de Janeiro. Segundo citam alguns membros do clube, teria gente cacifando em torno de uma possível cassação do mandato de Castro, que embora tenha sido eleito logo no primeiro turno, tem se mostrado cada dia mais fraco aos olhos de observadores mais atentos.
A aposta seria de que o grupo que ele fortaleceu bancando a eleição de Rodrigo Bacellar para presidente da Assembleia Legislativa seria o mesmo que poderá tirá-lo do trono, entregando o controle do estado ao vice-governador Thiago Pampolha. Para alguns isso seria “só uma questão de tempo, de pouco tempo”.
Vice de Wilson Witzel que caiu do galho mais pela vontade nos membros da Alerj do que pela gravidade das irregularidades atribuídas a ele, Claudio Castro, para os aliados leais que restam, “vendeu a alma ao diabo” assim que puxou para o governo um então deputado do baixo clero, Rodrigo Bacellar, entregando a ele uma enorme fatia do governo.
Em troca, citam, Claudio ganhou o escândalo do Ceperj, mas não se emendou: eleito em outubro de 2022, resolveu entregar a alma negociada, comprando briga para tornar o agora todo-poderoso Bacellar presidente da Assembleia Legislativa, e para isso teve de comprometer praticamente todo o governo.
Embora seja o dono da caneta, Claudio Castro não tem controle de secretarias turbinadas como as da Saúde, Educação, Obras e Transportes. No Detro e no Detran ele também não apita nada, o que o aproxima de vez de uma mera figura decorativa no Palácio Guanabara, no que poderá ser transformado de vez se não bater na mesa e evitar que o poder político domine, também, as forças de segurança pública.
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