Aluizio Gama bate à porta de partidos buscando legenda para concorrer a prefeito em Nova Iguaçu
● Elizeu Pires
Mais lembrado na cidade como o prefeito que teria tentado impedir a inauguração de uma casa de shows que já estava com uma apresentação do cantor Roberto Carlos contratada e paga, do que pela realização de uma obra importante, Aluízio Gama, tem gastado tempo buscando por uma legenda que o abrace em seu sonho de voltar a governar Nova Iguaçu.
Sempre no PDT, partido do qual se posicionava como um dos caciques, Gama parece agora disposto a assinar ficha em qualquer sigla, mas, segundo fontes ligadas a ele, gostaria mesmo é de voltar para a casa, como assim sempre considerou a legenda fundada por Leonel Brizola, mas serviria também PT, PV ou PSB.
Nos ambientes políticos locais o comentário é de que não se sabe o que faz Aluízio achar que tem chances de vencer a eleição para prefeito da cidade. “Se não era forte antes, imagine agora, depois do episódio de sua prisão, ocorrida em 29 de março de 2017”, dizem alguns dos frequentadores dos ambientes de poder no município.
Ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Aluízio Gama, foi um dos alvos da “O Quinto do Ouro”, realizada pela Polícia Federal, no âmbito de inquérito instaurado para apurar um suposto esquema de propinas na Corte de Contas. Além dele tiveram prisão decretada os conselheiros Aloysio Neves (na época presidente do TCE-RJ), Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco.
Em abril do mesmo ano o Superior Tribunal de Justiça revogou os mandados de prisão dos seis, mas determinou que Neves, Brazão, Graciosa, Marco Antonio e Nolasco ficassem afastados dos Tribunal de Contas.