● Elizeu Pires
Moradores dos bairros periféricos de Belford Roxo há muito vem tendo problemas com a precariedade da coleta de lixo sem que a Secretaria de Serviços Públicos enquadre a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos. Muito pelo contrário: em vez de dar uma dura e fazer uma licitação, a Prefeitura optou por um contrato emergencial no valor de R$ 52,7 milhões, garantindo à Líbano Serviços de Limpeza e Construção Civil – razão social da Limppar Construções e Serviços – mais um ano de faturamento, quando o que se esperava por lá era a substituição dela.
A contratação por dispensa de licitação será mais um problema a ser resolvido pelo prefeito eleito Marcio Canella (União), que assume o governo na próxima quarta-feira (1) e vai deparar com servidores sem salários e o 13º, fornecedores e prestadores de serviços sem receber e vários termos de confissão de dívidas firmados no apagar das luzes do mandato do prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, quatro deles em favor da Limppar.
Além do contrato emergencial com valor global de R$ 52.697.419,92, a Prefeitura publicou este mês confissões de dívidas com a empresa do lixo no total de R$ 10,6 milhões. Foram uma de R$ 650.179,13 (25 a 31 de julho), outra de R$ 3.307.307,5731 (1 a 31 de agosto), a terceira no total de R$ 3.255.208,19 (1 a 30 de setembro) e a quarta é de R$ 3.402.093,32 (1 a 31 de outubro).
As confissões de dívida referem-se aos meses em que o serviço teria sido prestado sem contrato, e coincidem também com o período do maior volume de queixas dos moradores
*O espaço está aberto para manifestação