● Elizeu Pires
“Com um aliado desse o prefeito não precisa de adversário?” É o que vem sendo comentado nos ambientes políticos de Itaguaí, em relação a uma postagem do suplente de vereador e super secretário Valter de Almeida Matos da Costa, o Valtinho, em seu instagram, em momento em que a cidade está voltada para Brasília, por conta de um processo em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ação que pode resultar em pleito suplementar para escolha de novos prefeito e vice.
Valtinho, que responde por três secretarias (Ordem Pública, Turismo e Agricultura), publicou foto de um Volkswagen Brasília, com a seguinte legenda: “Parabéns pela aquisição 01”, o que passou a ser visto pelos oposicionistas como insinuação de que o prefeito Rubens Vieira de Souza, o Dr. Rubão – que está no cargo por força de uma liminar – havia comprado Brasília. Não satisfeito, Valtinho, ao desejar “boa semana”, usou uma montagem com as imagens do mesmo modelo em cor de diferente e do prefeito.
O que ecoou como deboche ao Poder Judiciário teve repercussão extremamente negativa e foi apagado pelo político, que segundo gente do grupo de Rubão estaria se vendo como possível candidato do governo caso se confirme uma eleição suplementar.
“Pegou mal” – A “piadinha” do super secretário agradou os que se opõe a Rubão, mas, não teria feito nenhum membro do governo rir e muito menos o prefeito teria achado graça algum. Para alguns aliados, entre eles políticos de peso no estado que torcem para que Rubão ganhe na Justiça o direito de permanecer na Prefeitura, as postagens foram de “muito mau gosto”.
“Isso pegou mal. Não tem nada a ser comemorado no momento. O que foi julgado na semana passada não tem nada a ver com o caso de Itaguaí. São situações bem diferentes e a tão desejada repercussão geral poderá vir no tamanho bem menor do que o prefeito está esperando”, diz um aliado atento aos fatos.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa – O que o Supremo Tribunal Federal decidiu na semana passada, mais precisamente no dia 22/10, foi o caso de um político do interior do estado da Paraíba, que teve candidatura impugnada por ter, como vice-prefeito, substituído o titular por apenas oito dias, devido à afastamento imposto pela Justiça.
Nesse processo ficou decidido que é a substituição, decorrente de decisão judicial provisória, por oito dias, não configurou um mandato, situação bem diversa da qual Rubão se encontra.
Rubem Vieira de Souza sucedeu em definitivo um prefeito tirado do mandato via processo de impeachment gerado pela Câmara de Vereadores que presidia e governou por seis meses.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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