Silêncio do prefeito de Nova Iguaçu sobre sucessão diz que, na verdade, todos estão juntos e misturados

● Elizeu Pires

O silêncio de Rogério diz aquilo que os de fora do grupo não gostariam de ouvir: Juninho e Luizinho não estarão de lado que não seja o do governo

Para os mais apressados, os que já colocaram o bloco na rua, anunciando-se como pré-candidatos, o silêncio do prefeito Rogério Lisboa (PP) sobre a sua sucessão sugere insegurança, mas para quem está no barco a boca fechada de Lisboa diz muita coisa, como, por exemplo, que ele já tem o nome a ser lançado no bolso do colete, que esse não é nenhum “inho” e que o prefeito sabe muito bem que sua escolha não provocará um racha, pois como diz um político cascudo, quem conquistou espaço importante no governo não se arriscar a perder de jeito algum.

Enquanto os de fora apostam que os deputados Juninho do Pneu e Dr. Luizinho abandonarão o barco, partindo para palanques opostos, os de dentro tem certeza de que isso não vai ocorrer. “Os dois parlamentares têm lá seus pedaços no governo, o do segundo é maior que o do primeiro, é claro, mas ninguém quer perder o espaço. Os dois sabem muito bem que se houver um racha a derrota estará bem mais perto que a vitória e aí todos no grupo sairiam perdendo”, avalia um observador mais atento.

Apressado, o deputado Filipinho Ravis está na base do atropelo. Diz que tem apoio de um e de outro, mas só é aplaudido mesmo por aqueles 10 mais bem remunerados que emprega na Alerj, e pelos menores que estão espalhados em cargos no governo estadual.

Nessa ele não poderá contar com Luizinho, muito menos com Juninho, assim como Carlinho BNH, que parece ainda não ter se dado conta de que hoje exerce um mandato parlamentar, vai ter de se recolher e esperar sua vez, se é que pretende mesmo disputar a Prefeitura de Nova Iguaçu algum dia.

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