E o prefeito ainda diz que isso é um colégio

Escola caindo aos pedaços põe em risco segurança de alunos em Valença

O prefeito de Valença, Álvaro Cabral e a secretária de Educação, Tânia Machado, continuam não fazendo o dever de casa. Pelo menos é o que sugere o estado precário no qual encontra-se a Escola Municipal Pedro Paulo, na localidade de Barão de Juparanã. O que eles chamam de unidade de ensino é um prédio caindo aos pedaços, situação que vem provocando o êxodo de alunos para a cidade de Vassouras, para onde já foram transferidos 328 dos 650 estudantes  matriculados no colégio abandonado.

De janeiro de 2013 até o dia 31 do mês passado o governo federal havia repassado cerca de R$ 85 milhões ao município, boa parte para o setor de Educação. Foram R$ 72.214.486,23 durante o ano passado e R$ 11.367.312,23 nos três primeiros meses deste ano, mas, a julgar pela precariedade, os recursos não vem sendo bem aplicados. Os problemas são muitos e as ações nenhuma, o que leva os moradores a questionarem a competência e o comportamento de quem governa.

Os pais dos alunos que ainda restam na Escola Municipal Pedro Paulo já se cansaram de tanto reclamar e não serem ouvidos. O prefeito e a secretária de Educação conhecem muito bem os problemas estruturais do colégio, mas, parece, preferem fingir que está tudo muito bem por lá, não se incomodando mesmo nem com o fato de mais de 300 terem ido estudar na cidade vizinha.

O estado de abandono é visível. As janelas estão com os vidros e as coberturas quebrados pela ação do vento. Além disso, uma série de inadequações mostra total descaso do poder público, como o mau estado da cozinha, as paredes descascando e com rachaduras, calhas abertas com odor fétido, laje danificada, teto da quadra e degraus soltos, tomadas com fiação exposta, situação que coloca em risco a integridade física dos alunos e funcionários.

Os moradores de Barão de Juparanã lembram que a situação é antiga, mas piorou bastante nos últimos meses. Segundo eles, em junho de 2012 – na gestão do prefeito Vicente Guedes – um relatório da comissão técnica da Secretaria Municipal de Educação apontou que a escola apresentava sérios problemas de manutenção e estava com a segurança comprometida, “sendo urgente a alocação de recursos financeiros, materiais e humanos na unidade de ensino”. Eles recordam ainda que logo depois de assumir a secretaria de Educação, Tânia Machado havia se comprometido em solucionar os problemas, mas não deu um passo nesse sentido. Em setembro do ano passado a Prefeitura chegou a informar que a verba destinada à reforma dessa escola estava disponível e que a licitação iria acontecer ainda naquele mês, mas nada foi feito até agora.

Comentários:

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.