Baixada e São Gonçalo terão policiamento reforçado

Enquanto isso Magé segue sem confrontos com a polícia, mesmo com até toque de recolher

Os moradores dos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, terão mais segurança na próxima semana. O reforço foi anunciado pelo secretário estadual da pasta, José Mariano Beltrame. Segundo o secretário de Segurança, o reforço no policiamento vai acontecer também em São Gonçalo. “Temos um plano que vai ser implantado tanto na Baixada Fluminense quanto em São Gonçalo, exatamente em lugares onde identificamos uma mancha criminal. Nestas regiões, estou lançando, semana que vem, ações focadas em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, além de Alcântara”, disse o secretário, que anunciou ainda a implantação de uma UPP no Complexo do Chapadão, que envolve as favelas da Pedreira, Lagartixa, Chapadão, Final Feliz e Quitanda.

Beltrame agora já não questiona seus interlocutores quando esses falam da migração de bandidos dos morros cariocas para os municípios da Baixada Fluminense, onde as ações criminosas triplicaram desde o lançamento das UPPs. Em cidades como Magé, por exemplo, segundo moradores e comerciantes, até toque de recolher já existe nos bairros Vila Nova, Mundo Novo e Lagoa. Em Magé, entretanto, a causa apontada é mais a falta de ações efetivas de combate, pois o 34ª Batalhão da Polícia Militar, proporcionalmente falando, tem mais policiais que todos os batalhões da região. “Magé não tem um histórico de confronto. Não se ouve falar em grandes prisões ou apreensões de armas. Diante do volume de ações nas demais cidades da região é como se Magé não tivesse bandidos a serem enfrentados”, avaliou ontem um oficial da corporação.

De acordo com a própria corporação, Magé tem o 10º batalhão da Polícia Militar com o maior número de agentes da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, e é o primeiro da Baixada Fluminense em contingente. São 392 policiais, uma média de um para cada grupo de 740 moradores, quantitativo superior ao registrado em Duque de Caxias (área do 15º BPM), São João de Meriti (21º), Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu (20º), Belford Roxo (39º), Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí (24º), com universos populacionais muito maiores, mas com policiamento em confronto direto com a bandidagem.

Nas contas do 34º BPM, acrescentando a população de Guapimirim – cuja segurança é feita pelo mesmo batalhão – a média cai para um policial para 892 pessoas, mas ainda assim Magé fica numa situação muito privilegiada em comparação aos demais municípios, pois o 15º BPM (com 594 policiais), por exemplo, tem um agente para 1.482 pessoas, enquanto que o 20º (712) tem um para cada grupo de 1.595 habitantes; o 21º (409) um para 1.128; 24º (457) um para 1.077 e o 39º (293) um policial para cada grupo de 1.892 habitantes. Segundo os números da PM o 15º BPM tem 594 policiais, um agente para 1.482 pessoas; o 20º 712, um para cada grupo de 1.595 habitantes; o 21º 409, um para 1.128; o 24º tem 457, um para 1.077 e o 39º 293, um policial para cada grupo de 1.892 habitantes.

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Comentários:

  1. Magé não tem um histórico de confrontos porque o 34ª Batalhão da Polícia Militar faz questão de não entrar em confronto com ninguém. Até agora, todas as incursões feitas na Lagoa, Mundo Novo, Nova Marília e Barbuda foram feitas por batalhões de fora.

    O oficial da corporação que disse isso deve ser exonerado, pois, ou é maluco ou não trabalha em Magé.

    1. Quem a PM de Magé prendeu até agora? Quantos fuzis foram tirados das mãos dos bandidos que vieram das favelas do Rio. A coisa está feia e realmente a nossa polícia está deixando muito a desejar. Concordo com o o oficial: Parece mesmo que a PM se comporta como se não houvesse bandidos fortemente armados e impondo o terror a serem combatidos em nossa cidade.

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