Movimento nasce em resposta a convite do prefeito para mutirão em praia
Embora o prefeito Alcebíades Sabino tem chorando pitangas por conta de uma queda de cerca de 20% na receita do município, de acordo com uma fonte ligada ao setor financeiro da Prefeitura, Rio das Ostras está com cerca de R$ 90 milhões em caixa, dinheiro não empenhado em compromisso já firmado pela administração municipal, mas em vez de pagar o que deve aos prestadores de serviços para garantir a manutenção da cidade, comprar remédios e material de consumo para abastecer as unidades de atendimento, Sabino se mostra preocupado em envolver a população e em mutirão. Um deles, para recuperar o acesso e a orla da Praia das Areias Negras, uma unidade de conservação municipal, está marcado para este sábado, a partir das 8h. Para algumas lideranças locais, o mutirão que precisa ser formado no momento “é do da seriedade, o da vergonha na cara”, pois os setores de saúde, educação e segurança, afirmam, estão por conta de Deus.
“Nosso projeto de recuperação da Praia das Areias Negras está se concluindo. Por isso estou te convidando para participar do mutirão final que vamos fazer neste sábado, a partir das oito horas da manhã. Venha, traga as crianças, aproveite essa linda praia e nos ajude a concluir o trabalho. Participe. Vale a pena”, apelou o prefeito ontem em rede pelo whatsapp.
De acordo com alguns funcionários da administração municipal, até fraudas descartáveis a Prefeitura tem deixado faltar. “Aqui no hospital municipal a coisa está indo de mal a pior e não tem ninguém tomando providência em relação a nada”, relatou uma enfermeira.
De acordo com membros do próprio governo, as perdas com a receita estariam sendo superestimadas. “É claro que o município está registrando perdas com os royalties do petróleo, mas a situação não é tão grave assim. Rio das Ostras vem arrecadando o suficiente para honrar seus compromissos. A manutenção dos serviços públicos está seriamente ameaçada e isso não vem ocorrendo nas cidades vizinhas que estão perdendo tanto ou mais que a nossa cidade em relação à compensação financeira paga pela Petrobras”, concluiu uma fonte, afirmando que uma empresa com contratos para manutenção de vias, limpeza das praias e ruas não recebe desde novembro.
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