TRE cassa candidatura de Crivella

Marcelo Crivella ainda pode recorrer ao TSE

Ainda brigando na Justiça por uma eleição perdida nas urnas, o senador Marcelo Crivella (PRB), segundo colocado na disputa pelo governo do estado do Rio de Janeiro, teve sua candidatura a governador cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. Os magistrados entenderam que pastores da Igreja Universal do Reino de Deus pediram votos para o então candidato em templos religiosos e que as emissoras Record e CNT lhe deram “tratamento favorecido”. Com essa decisão, Crivella, que ficou em segundo lugar no pleito, não poderia assumir o cargo de governador no caso de eventual cassação do diploma do atual titular. A defesa do senador ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em seu voto o desembargador eleitoral Fábio Uchôa, relator do processo, afirmou que “no dia 3 de outubro do ano passado, pastores da Iurd pediram votos a Crivella durante a realização de cultos em templos em Nova Iguaçu e Del Castilho”. O relator citou ainda que em programas das emissoras de TV Record e CNT, pastores fizeram o número 10 com as mãos, repetindo o gesto utilizado pelo então candidato em sua propaganda eleitoral. “A utilização de duas redes de televisão, conjugadas com os eventos realizados nos majestosos templos da Iurd, corroboram a prática do abuso de poder econômico”, redigiu Uchôa em seu voto.

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