Pacto das Águas vai recuperar mananciais

Luiz Fernando Pezão destacou a importância no programa para proteger os mananciais e evitar o desabastecimento no futuro

Ações de preservação e segurança do abastecimento vão acontecer em Paulo de Frontin, Itaguaí, Japeri, Paracambi, Queimados e Seropédica, Barra do Piraí, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Piraí, Rio Claro, Rio de Janeiro e Vassouras

Os produtores rurais que tiverem nascentes de águas em seus sítios vão receber um incentivo para preservá-las. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é parte do programa Pacto pelas Águas, lançado ontem pelo governador Luiz Fernando Pezão e o secretário do Ambiente, André Corrêa. A iniciativa visa a proteção de mananciais para aumentar, a médio e longo prazos, a segurança do abastecimento público de água. Uma das ações prevê o investimento de R$ 13,9 milhões para restaurar mais de 600 hectares e conservar outros três mil até 2016.

Segundo o secretário André Corrêa, o Pacto das Águas foi elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Guandu e conta com dinheiro do Fundo Estadual de Recursos Hídricos. O edital do PSA prevê ações voltadas para os 15 municípios que ficam no entorno da Bacia do Guandu (Engenheiro Paulo de Frontin, Itaguaí, Japeri, Paracambi, Queimados e Seropédica e, parcialmente, Barra do Piraí, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Piraí, Rio Claro, Rio de Janeiro e Vassouras). “Estou muito feliz com esse projeto, que é um sonho antigo. Temos a obrigação de corrigir o que foi feito de errado, como o desmatamento e a erosão. Essas políticas são vitais, assim como levar o saneamento básico a todos os municípios e comunidades, também ajudando a gerar trabalho e renda. Desde o ano passado, nós estamos tomando todas as medidas necessárias para alertar a população sobre a necessidade de economizar água. Fizemos uma série de parcerias com empresas, com os municípios, mudando captações (de água), diversos investimentos dentro da Estação do Guandu, tudo isso pra poupar água. Se não tivéssemos tomado todas as medidas, a situação estaria muito pior. Também está nos planos construir a Barragem do Rio Guapiaçu. Já temos recursos alocados para isso, o que vai nos ajudar a garantir segurança hídrica na região de Niterói e São Gonçalo”, disse o governador.

O programa foi lançado ontem, mas o projeto-piloto já havia sido implantado no município de Rio Claro, onde 70 proprietários rurais contratados do programa cuidam de 4.562 hectares de áreas destinadas à conservação e 564 hectares à restauração, com investimento total de R$ 8,5 milhões. “Nosso modelo de desenvolvimento no Brasil degradou a Mata Atlântica. Para começar a reverter isso, criamos o PSA, que tem como filosofia compensar financeiramente o produtor rural para manter vivos uma nascente ou manancial em sua propriedade que favorece o abastecimento público. Outras ações de curto prazo para garantir o abastecimento de água continuam sendo tomadas. Com a diminuição da vazão do Paraíba do Sul, economizamos desde dezembro do ano passado 1,7 trilhão de litros d’água nos reservatórios. Se não tivéssemos mudado o sistema de operação, estaríamos completamente secos. Além disso, tivemos diversas reuniões com o governo de São Paulo sobre ter um plano de contingência para bombear a água do Rio Paraibuna e já combinamos as tarefas se isso for necessário. Também estamos empenhados na construção da Barragem do Rio Guapiaçu, mas esbarramos com questões fundiárias de 80 pessoas que moram na região. Estamos na fase final de conclusão do estudo de impacto ambiental”, explicou André Corrêa.

Comentários:

  1. Essa atitude é muito importante em função da atual situação de seca no sudeste. Mas é preciso que tal medida não fique apenas no papel, papel que pode levar essa grana pro ralo e água abaixo…

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