Empresa “fantasma” também faz obra em Resende

O prefeito José Rechuan disse que mandaria auditar a contratação da empresa por parte da Secretaria Municipal de Obras

Firma que, segundo investigação do MP, seria de fachada, foi contratada pela Prefeitura. Prefeito prometeu auditar o contrato, porém nada havia acontecido até ontem

Até o final do expediente de ontem a Prefeitura de Resende não havia iniciado a auditoria prometida pelo prefeito José Rechuan Junior no contrato firmado com uma das três empresas que seriam de fachada e estão sendo investigadas pelo Ministério Público, por conta de supostas fraudes em licitações na Câmara de Vereadores. A informação é de uma fonte ligada à Secretaria de Obras, setor ao qual cabe fiscalizar a execução de serviços como o contratado junto à Fox Gestão Empresarial, que, segundo o MP, teria recebido do Poder Legislativo por serviços que não teria prestado. A empresa ganhou um contrato para reformar uma quadra de esportes na periferia da cidade. A Fox e as empresas Omega Desenvolvimento Empresarial e Lotus Tecnologia, segundo o MP, teriam vencido de forma fraudulenta nove licitações, em cujos processos teria ocorrido falsificação de documentos de empresas reais. O esquema, de acordo com a Promotoria de Justiça, teria causado prejuízo de cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos.

O contrato entre a Fox e a Prefeitura de Resende é o C. A. No 109/2014, foi no assinado no dia 7 de julho do ano passado pelo prefeito, o secretário de Obras Rubens Cesar Moreira Almada e pelo representante da empresa, Marco Aurélio Azevedo Viana. Embora os contratos com a Câmara de Vereadores fossem para locação de sistemas de segurança, a Fox Gestão Empresarial foi contratada pela Prefeitura para reformar a quadra poliesportiva do bairro Cabral, serviço que seria realizado em quatro meses, pelo valor total de R$ 139.346,96.  Depois de uma operação realizada na Câmara de Vereadores pelo Ministério Público, o prefeito anunciou que estava acompanhando as investigações e prometeu auditar o contrato, mas, segundo a fonte, nenhuma providência efetiva nesse sentido havia sido tomada ainda.

 

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Documento relacionado:

C.A. No 109/2014

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