
Na região da Baixada Fluminense Nova Iguaçu terá a campanha mais cara e Paracambi a mais barata
Apontada como o maior “mercado” de compra e venda de votos no estado do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense deverá ter na campanha eleitoral deste ano uma movimentação financeira muito aquém da verificada em pleitos anteriores, quando, candidatos a vereador teriam pago entre R$ 50, R$ 80 e R$ 100 por voto, conforme estimativa da própria Justiça Eleitoral que, entretanto, ainda não puniu de forma efetiva nenhum suposto comprador ou vendedor de sufrágios. Listado com destaque nesse mercado criminoso, o município de Magé, por exemplo, teve fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os limites de gastos em R$ 548 mil para candidatos a prefeito e cada candidato a vereador poderá gastar no máximo R$ 81 mil. Em 2012, de acordo com várias denúncias levadas ao conhecimento das autoridades, o voto para vereador teria custado R$ 50 em alguns bairros periféricos de Magé, principalmente em localidades como Mauá, Surui e Piabetá.
O limite de gastos foi definido pela Resolução Nº 23.459, aprovada pelo TSE no dia 15 de dezembro do ano passado e por ela o município da Baixada Fluminense que deverá ter a campanha eleitoral mais barata é Paracambi, com o máximo de R$ 173 mil para os candidatos a prefeito e R$ 12 mil para os concorrentes a uma cadeira na Câmara de Vereadores, enquanto Nova Iguaçu terá a campanha mais cara, R$ 2,4 milhões para prefeito e R$ 97 mil para vereador.
Para definir o limite de despesas das campanhas eleitorais dos candidatos às eleições para prefeito e vereador em 2016 o TSE baseou-se nos maiores gastos declarados pelos candidatos que disputaram o pleito municipal em 2012. De acordo com a resolução em Belford Roxo o limite é de R$ 602 mil para prefeito e R$ 180 mil para vereador, enquanto o teto em Duque de Caxias é de R$ 2.115 milhões para prefeito e R$ 228 mil vereador. Já em Guapimirim os correntes a Prefeitura tem o limite R$ 141 mil e à Câmara R$ 29 mil, para Japeri R$ 316 mil para prefeito e R$ 56 mil vereador; Mesquita R$ 459 mil e R$ 50 vereador; Nilópolis R$ R$ 693 prefeito e R$ 51 mil vereador; Queimados R$ 375 prefeito e R$ 68 mil vereador; São João de Meriti R$ 535 prefeito e R$ 158 vereador e Seropédica R$ 166 mil prefeito e o máximo de R$ 48 mil por vereador.
Documento relacionado:
Planilha do TSE para o estado do Rio de Janeiro
Matérias relacionadas:
Preço do voto na Baixada variou de acordo com a cara do eleitor
Laqueadura de trompas é moeda forte no mercado de votos da Baixada
Compra de votos começa inflacionada na Baixada
Ex-vereador de Magé terá de pagar R$ 127 mil por compra de votos
Pobreza sustenta o mercado de compra e venda de votos na Baixada
São um bando de sem vergonhas. Tanto quem compra como quem vende.
Aqui em Fragoso já tem gente recolhendo cópia de título de leitor em troca de uma cesta básica e promessa de R$ 100 no dia da eleição.