
PT quer sair do governo do Rio, mas nem tanto… secretário quer indicar substituto
Depois de ocupar vários cargos por quase sete anos no governo estadual, o PT anunciou que pretende apear do poder no estado do Rio de Janeiro até o dia 28 de fevereiro, mas, nos bastidores, o comando regional da legenda trabalha para nomear pessoas de confiança dos atuais ocupantes dos cargos para substituí-los, uma característica comum ao Partido dos Trabalhadores. Um dos que estão lutando para manter de forma indireta o cargo é o secretário do Ambiente, o deputado estadual Carlos Minc, que, a pretexto de dar continuidade aos projetos já iniciados, quer ser substituído na pasta por um nome de sua escolha, com o que não concorda o governador Sérgio Cabral.
“Esse pessoal sempre se comportou dessa forma. Passa a maior parte num governo de coalizão e depois sai atirando como se não tivesse participado de nada. Não creio que o governador vá aceitar esse jogo, mas certamente os caciques fluminense do PT vão insistir em trocar as figuras mais proeminentes por nomes desconhecidos, para ficar controlando a situação de fora”, diz um petista de primeira hora que já foi prefeito na Baixada Fluminense e pretende disputar uma cadeira de deputado, mas não concorda com o jeito que o presidente estadual do partido, Washington Quaquá vem conduzindo as coisas, “Ele quer o bônus. mas não o ônus”, emenda;
Na verdade, diz o ex-prefeito, o PT está dividido entre os que querem a candidatura do senador Lindberg Farias a governador e os que o querem bem longe. Os processos por improbidade administrativa e várias outras irregularidades aos quais Farias responde, inclusive já com condenações em primeiras e segunda instâncias, pesam muito nessa divisão. “O telhado no pré-candidato Lindberg é de um vidro muito frágil e os adversários terão muito em que bater. Se a candidatura passar pela Justiça, o que acho muito difícil, certamente vai naufragar no mar dos escândalos verificados na gestão de Lindberg em Nova Iguaçu”, completa.