Porto Real quer a prefeita mostrando a que veio

Inércia do governo e falta de comando preocupa moradores da cidade

Eleita em 2012 com uma diferença de 4% sobre a segunda colocada, Sílvia Bernardelli (PP), a prefeita de Porto Real, Maria Aparecida da Rocha Silva, a Cida (PDT), vai ter que dar uma sacudida em sua administração e mostrar pulso forte se quiser governar a cidade por mais um mandato. É que a falta de ações por parte da Prefeitura em projetos realmente locais e a aparente fragilidade da governante no comando da máquina administrativa estão comprometendo a imagem dela junto aos moradores e levando alguns aliados a pensarem duas vezes antes de prosseguirem no mesmo barco.

Embora tenha apenas cerca de 20 mil habitantes, Porto Real é, proporcionalmente, uma das cidades mais ricas do estado do Rio de Janeiro e lideranças importantes nos meios políticos não veem com bons olhos a concentração de poder nas mãos de homens que nunca estiveram por lá, mas são apontados agora como reais gestores do município. Vistos como forasteiros na cidade, os secretários Jorge Irineu da Costa (Administração e Fazenda) e Marcus Veníssius da Silva Barbosa (Governo) – ambos oriundos de Angra dos Reis, onde integraram a gestão do hoje deputado federal Fernando Jordão – falam abertamente funcionários e alguns membros do segundo escalão, “são hoje os bam-bam-bans do município”.

Falando ao elizeupires.com no último dia 25, o vice-prefeito prefeito José Roberto Pereira da Silva afirmou que estava pensando em renunciar ao mandado porque se sente constrangido com a falta de ações do governo e envergonhado com por ser cobrado nas ruas e não ter resposta para dar à população. Uma semana depois José Roberto ainda não fez a opção de sair e a prefeita continua assinando embaixo do que os chamados forasteiros escrevem e impõem como a cartilha da sessão, o compasso da dança, o ritual da missa a ser rezada.

 

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