Queimados: apesar de reforma que custou R$ 3,2 milhões, ‘novela’ da maternidade ainda não tem data para acabar

Enquanto a unidade não começa a funcionar os bebés de Queimados vão nascendo em Nova Iguaçu

No dia 10 de julho de 2018 a Prefeitura e Queimados anunciou que as obras de reforma no prédio desapropriado para sediar o Hospital-Maternidade do município estavam 70% concluídas, e que a inauguração aconteceria em setembro do mesmo ano.  Já se passou mais de um ano desde então, e nada do “parto” acontecer, assim como a desapropriação ainda não foi quitada.

Em novembro do ano passado o deputado Max Lemos – ex-prefeito da cidade e responsável pela aquisição nada amigável do imóvel no qual funcionava a Casa de Saúde Bom Pastor – disse que faltava apenas licitar a compra de móveis e equipamentos, e que uma OS (Organização Social) seria contratada para administrar a unidade. Lá se foram três meses e a data de inauguração até ontem (2) não havia sido marcada ainda.

Palanque de campanha – Se for considerado o valor estimado do prédio mais os gastos com as obras que custaram exatamente R$ 3.222.893,96 – mais de R$ 800 mil além dos R$ 2.413.283,16 do contrato inicialmente –, a unidade terá custado cerca de R$ 11 milhões, fora os móveis e equipamentos necessários.

Gente do próprio governo admite que a demora em marcar a data da inauguração seria por razões políticas. O prefeito Carlos Vilela teria sido orientado pelo deputado Max Lemos a protelar para mais perto das eleições municipais, o que ajudaria na construção de um palanque para o candidato do governo, que poderá ser o secretário de Educação Lenine Lemos ou o próprio Max, que vem caminhando por Nova Iguaçu como pré-candidato, mas pelo menos até ontem não havia transferido seu domicílio eleitoral.

Entretanto, há também quem aposte que o Hospital-Maternidade de Queimados só será realidade depois que a desapropriação for dada integralmente como paga pelos ex-proprietários do prédio.

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