Servidores de Paty ficam com o ônus da reforma da Previdência

Contribuição dos funcionários será de 3% a mais que a da Prefeitura

A previdência dos servidores de Paty do Alferes, cidade do Centro Sul do estado do Rio de Janeiro, está do jeito que o prefeito gosta: alíquota patronal menor e ele ainda pode escolher se paga ou não, enquanto os funcionários são obrigados a desembolsar 3% a mais que a Prefeitura. Na verdade, o futuro dos servidores municipais está a cada dia mais nas mãos do governo, com o Fundo de Aposentadoria e Pensões, o Paty-Previ –  embora tenha uma direção própria – alinhadíssimo com o prefeito Eurico Bernardes Neto (foto), que conseguiu fazer com que a contribuição dos funcionários ficasse maior que a patronal, uma diferença que pode pesar e muito no orçamento dos servidores.

Através de lei aprovada pela Câmara de Vereadores, a contribuição descontada nos contracheques subiu de 11% para 14%, mas a Prefeitura continuará pagando só 11%, isso se pagar, porque uma resolução do Conselho Municipal de Previdência, deixou Bernardes a vontade para decidir se repassa ou não a contribuição patronal entre março e dezembro deste ano, por conta da pandemia do coronavírus.

Além disso o Conselho Municipal de Previdência foi generosíssimo com o governo, reduzindo a taxa de administração paga pela Prefeitura de  1,5% para 0,1% do valor total dos proventos e pensões, sem contar assunção de uma conta de R$ 1,8 milhão, valor do contrato para a realização de obras em um prédio da administração municipal, que depois de reformado será emprestado ao Paty-Previ.

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