Guapimirim: contratos emergenciais da Saúde não revelam o que foi comprado e o TCE já chamou a atenção para a falta de transparência

Contratação de pessoa jurídica para aquisição de material permanente, para as demandas da Secretaria Municipal de Saúde, exclusivamente para situações emergenciais em decorrência do novo coronavirus“. É assim, de forma nada específica, sem deixar claro o que foi adquirido, quantidade e preço unitário, que a Prefeitura de Guapimirim fez gastos no total de mais de R$ 1,2 milhão junto à empresa Primer Comercial & Distribuição, sediada na Rua Oswaldo Cruza 306, em Nilópolis, na Baixada Fluminense.

A mesma firma aparece também como fornecedora de ventiladores pulmonares ao município, conforme consta do extrato do contrato 19/2020, documento que não revela quantos equipamentos foram adquiridos com os R$ 290 mil dispensados pela Secretaria de Saúde nem revela o modelo e a marca dos aparelhos.

Ao todo, como o elizeupires.com já revelara na matéria Compras emergenciais feitas pela Secretaria de Saúde de Guapimirim serão alvo de devassa: TCE aponta falta de transparência, em nome do enfrentamento da covid-19, as compras emergenciais feitas pela Prefeitura com valor global de mais de R$ 4 milhões despertaram a atenção do Tribunal de Contas do Estado também pelo sobrepreço.

Já a matéria Saúde de Guapimirim paga mais caro pelo kit exame do coronavírus chamou a atenção para a aquisição de testes ao preço unitário de R$ 225, e a Prefeitura acabou repactuando o contrato com a empresa Estevia Distribuidora de Medicamentos, com o valor de cada kit caindo para R$ 194.

Com data de 28 de maio, o contrato 20-2020 (confira aqui), aponta que a Primer foi contratada por R$ 493 mil para fornecer materiais permanentes para as demandas da Secretaria de Saúde, mas não no documento uma linha sequer dizendo que materiais são esses e quanto esta custando o quê.

 O mesmo acontece no contrato 21-2020 (veja aqui), no valor global de R$ 723.333,10. Entretanto, ao analisar o processo administrativo 2684, que resultou na dispensa de licitação concluída com esse contrato, o Tribunal de Contas do Estado constatou que entre os itens camas elétricas, que teriam sido fornecidas a preço superior ao pago por outros municípios.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Guapimirim.

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