Senador evangélico que via inutilidade no isolamento social como prevenção ao “vírus chinês” morre no Rio vitimado pela covid-19

“Efeito covidão? Total de óbitos de abril a julho em 2019, 437.433, e em 2020, 491.336, aumento de 53.903. Como, se os inimigos do Brasil comemoraram 100.000 mortes só pelo vírus chinês? Acho que muita gente vai responder por crime de corrupção e até de homicídio. Aguardemos…”. Esse é o teor de uma postagem em rede social feita no dia 11 de agosto pelo senador Arolde de Oliveira (foto).

Quatro meses antes, também via rede social, ele duvidava da necessidade do isolamento:  “Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O presidente @jairbolsonaro, isolado pelo STF, estava certo desde o início.”

Hoje (21), pouco mais de dois meses da postagem “Efeito covidão”, o senador faleceu no Rio de Janeiro, tornando-se uma das 155,5 mil (números atualizados nesta quarta-feira) vítimas fatais da covid-19.

O senador – que tinha 83 anos de idade – morreu de falência múltipla dos órgãos em consequência da covid-19, depois de 17 dias internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio. A cadeira dele no Senado será ocupada pelo primeiro suplente, o advogado Carlos Portinho.

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