● Elizeu Pires
Conforme já foi revelado aqui, a compra de 6.200 tablets sem licitação pelo valor R$ 7,3 milhões feita pela Prefeitura de Queimados foi quitada a vista, com o total pago no dia 30 de dezembro, dois dias após a aquisição ter sido homologada. Quase cinco meses depois os contribuintes ficam sabendo que a gestão do prefeito Glauco Kaizer passou o carro na frente dos bois, pois, segundo revelam professores das escolas municipais “não há rede de internet suficiente nas unidades de ensino, muito menos tomadas elétricas para os alunos recarregarem os equipamentos”.
O que terá de ser esclarecido agora é o fato de o prefeito ter se apressado em autorizar a compra por adesão de ata junto à empresa Conesul Comercial e Tecnologia Educacional, além de ter feito o pagamento a toque de caixa, sem tomar as providências necessárias para o uso imediato dos aparelhos.
Também terá de ser explicado a razão de os equipamentos terem sido estocados e ficado quase cinco meses a espera de testes. Ontem (2) a Prefeitura revelou que vai começar a fazer a distribuição gradual dos dispositivos esta semana, mas professores da rede não acreditam que isso vá de fato ocorrer. Também ontem o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), informou que não tem prazo para analisar o processo de compra dos tablets, que está sob investigação do órgão fiscalizador.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados.
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