Queimados: MP deverá ser acionado para apurar compra de R$ 7,3 milhões em tablets feita sem transparência no apagar das luzes de 2021

● Elizeu Pires

O pagamento total foi feito dois dias após a publicação do extrato do contrato

Embora já tenha efetuado o pagamento integral dos tablets comprados no apagar das luzes do ano passado, com a quitação sendo feita apenas dois dias após a assinatura do contrato, a Prefeitura de Queimados insiste em fazer segredo sobre a quantidade de equipamentos adquiridos, marca e preço unitário. Pelo menos até o final do expediente de ontem (5) a administração municipal não havia disponibilizado no Portal da Transparência a íntegra do contrato e da ata de registro de preços. Como o governo não se manifesta sobre o assunto nem a Câmara de Vereadores fez qualquer questionamento até agora, restará ao Ministério Público a tarefa de esclarecer as coisas.

É nesse sentido que uma representação deverá ser encaminhada nos próximos dias ao núcleo de Nova Iguaçu da Promotoria de Tutela Coletiva, para que a gestão do prefeito Glauco Kaizer informe ponto a ponto o processo administrativo aberto para aderir uma ata de registro de preços gerada por um processo licitatório realizado por órgão de outro estado também não informado até agora.

Conforme o elizeupires.com já informou, a compra dos tablets pelo total de R$ 7.371.800,00 foi homologada sem licitação em 22 de dezembro, com a publicação de apenas um extrato, publicação que foi repetida no dia seguinte, quando o valor global foi empenhado em favor da empresa Conesul Comercial e Tecnologia Educacional, cujo dono chegou a ser preso e a ter valores bloqueados por decisão da Justiça da Paraíba.

No dia 28 de dezembro foi publicado o extrato do contrato, e dois dias depois a Prefeitura fez o pagamento total, sem revelar se os equipamentos tinham sido entregues.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

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Está escondendo o quê, prefeito?

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