Alguns municípios da região estão deixando os servidores em dificuldades 

Com acentuada perda de receita e sem nenhum repasse por parte do governo estadual que deixou de cumprir os convênios sociais, os municípios que formam a Baixada Fluminense estão mergulhados na crise, deixando, inclusive, de pagar os salários dos servidores. Os prefeitos de Belford Roxo e Japeri decretaram estado de calamidade financeira, mas o segundo tem mantido os salários em dia, embora o prefeito Ivaldo Barbosa Santos, o Timor venha contando centavos para garantir os serviços essenciais. A 86 quilômetros de Japeri, Magé também está com as finanças combalidas, mas os compromissos, aponta o prefeito Rafael Santos de Souza, o Rafael Tubarão, estão sendo cumpridos, quando a crise tem provocado até corte no fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento, como aconteceu recentemente com as prefeituras de Queimados e Itaguaí, que ficaram às escuras. Em algumas cidades há quem está desde julho sem receber.

Por falta de repasses de recursos para o setor, vários postos de saúde foram fechados na região, inclusive Upas, que são mantidas com recursos federais, estaduais e municipais, mas em Magé, assegura o secretário Antonio Morgado, todas as unidades estão em funcionamento. No município de Nilópolis, por exemplo, a maternidade do Hospital Melchiades Calazans deixou de realizar partos e as gestantes estão sendo encaminhadas para o Hospital da Mãe, em Mesquita e a Maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu.

Em São João de Meriti, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo até os profissionais de ensino, que são amparados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) estão com dificuldades para receber e no município de Queimados, onde o prefeito Max Lemos evitou falar em crise até o dia da eleição, o governo não sabe se conseguirá fechar as contas de 2016.

“As coisas estão muito difíceis, mas os compromissos tem de ser cumpridos. Os servidores não devem ser prejudicados de jeito algum. Fizemos os cortes necessários e contingenciamos as despesas para ajustar as contas. Apertamos o cinto para garantir que os vencimentos dos funcionários sejam pagos”, pontua o prefeito de Japeri.