União reconhece emergência em 11 cidades do interior fluminense

Situação foi decretada em 16 municípios no Norte e Noroeste do estado

A estiagem ainda é grave ameaça no interior fluminense, principalmente para os 18 municípios que formam as regiões Norte e Noroeste, mas Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, só reconheceu até hoje os decretos de situação de emergência baixados por 11 prefeituras, admitindo oficialmente o quadro verificado em Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis e Varre-Sai. Ao todo 16 prefeitos assinaram decretos neste sentido, 13 foram homologados a nível estadual e as prefeituras de Campos e São Francisco de Itabapoana deverão adotar a medida nos próximos dias. Até agora as providências estão apenas as promessas levadas aos encontros pelo deputado Christino Áureo (foto), atual secretário de Agricultura, que nada de efetivo tem mostrado.

Embora a seca venha causando transtornos desde setembro, afetando o abastecimento de água, a agricultura e comprometendo a produção de leite nas duas regiões, nenhum município que decretou situação de emergência recebeu ajuda até agora. O governo estadual limitou-se a formar uma comissão de acompanhamento formada por representantes do poder público e da sociedade civil, visando a apresentação de propostas, mas até ontem (10), quando membros da comissão se reuniram em Santo Antonio de Pádua, a única coisa acertada é a implantação do Conselho Regional de Mitigação dos Efeitos da Estiagem.

Com grandes perdas econômicas e sociais, os municípios das duas regiões precisam de ajuda urgente e esta deve vir da parte da União, poia o governo estadual, que tem providenciado apenas consolo verbal aos municípios e não verba, a exemplo do tal conselho, que antes mesmo de ser implantado já começou a ser visto como ‘palanque’  para a campanha do deputado Christino Áureo, que discursou no encontro de ontem: “É um chamamento à mobilização de várias instâncias públicas e privadas para uma situação que vem se agravando ao longo dos anos. As mudanças climáticas são questões mundiais, mas através do Conselho pretendemos sensibilizar o governo federal e outras instituições como a Câmara Federal para apoiar com recursos e intensificar as ações para a mitigação de seus efeitos”.

 

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