Contratos são para merenda escolar e emissão de carnês
Aberta no dia 12 de janeiro deste ano, a C.M. Carvalho Comércio de Alimentos, pelo que consta em seu cadastro, está estabelecida no número 267 da Rua Joaquim Leite Serrão, no bairro Chacrinha, em Japeri e a loja (foto) – que esteve fechada durante o dia de ontem (16) – tem afixada na fachada o nome CW Cesta Básica, objeto bem diferente do contrato de R$571.555,86, firmado com a Prefeitura no dia 13 de fevereiro para o fornecimento de legumes, frutas, verduras e tempero para alimentas os alunos da unidades da rede municipal de ensino. A empresa está registrada em nome de Cátia Carvalho da Silva, que, a julgar pelo sucesso obtido em pouco tempo de funcionamento de seu comércio, é uma empreendedora de sorte: abriu a empresa 11 dias após a posse do prefeito Carlos Moraes Costa e um mês depois assinou seu primeiro contrato e já está no segundo, bem menor é verdade (pouco mais de R$16 mil), mas é um contrato.
Não há nada de ilegal em a Prefeitura ter contratado uma empresa recém-aberta, mas chama atenção o fato de empresas maiores e com mais experiência no mercado terem ficado de fora da “emergência” alegada pela administração municipal para poder fazer o contrato sem licitação. Ao todo foram duas emergenciais para merenda homologadas em fevereiro. A outra resultou em um contrato de R$2.249.680,81 com a empresa DN Grill Produtos Alimentícios.
Outra empresa novata que já entrou bem no mercado é a Digitar Informática. Contratada em junho pela Secretaria de Fazenda para emitir carnês de cobrança de IPTU e de taxas, a sociedade empresarial – segundo informa o cadastro junto à Receita Federal – tem capital social de R$ 10 mil e foi aberta no dia 25 de outubro do ano passado, exatos 23 dias após a vitória de Carlos Moraes nas urnas.
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