GHC investirá em pesquisa, ensino e formação no Hospital Federal de Bonsucesso: Reabertura de serviços e de leitos será prioridade

Foto: Victor Gautier MS

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que assumiu a gestão do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), planeja retomar os investimentos em pesquisa, ensino e formação. A superintendente da unidade, Elaine Lopez, explica que historicamente o hospital formou profissionais, mas que ao longo do tempo a tradição acabou impactada pela falta de investimentos. O plano de retomada está em construção.

“Queremos fomentar ensino, pesquisa e formação no hospital. Durante muitos anos, o HFB formou excelentes quadros para o Rio de Janeiro e para o país. Vamos retomar isso. Acreditamos que a assistência de qualidade anda de mãos dadas com a pesquisa, ensino e formação”, destaca.

O GHC, empresa pública do Ministério da Saúde 100% Sistema Único de Saúde (SUS), assumiu a gestão do Hospital Federal de Bonsucesso em 15 de outubro. A ação faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, elaborado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Elaine salienta que há um cronograma de entregas, como a reabertura de serviços e leitos, por exemplo. “Vamos qualificar e ampliar o acesso ao hospital. Hoje, temos metade dos leitos fechados e serviços importantes operando com baixa capacidade de oferta assistencial. Nesse cenário, é a população que mais sofre. Vamos retomar o que o hospital já foi e o que ele merece voltar a ser”, defende.

Atualmente, dos 412 leitos do hospital, 207  estão fechados. “Ao longo dos próximos meses, o hospital vai voltar a ter sua capacidade instalada plena, com segurança assistencial e melhoria de acesso para o usuário. Estamos pensando numa unidade para as próximas décadas. Vamos construir um plano diretor estruturado que responda a necessidade do SUS, reconheça o valor da sua força de trabalho e qualifique o acesso do usuário – este último, o foco e o centro de qualquer serviço público que respeite sua missão”, emenda a superintendente.

Servidores –  Ela reforça que todos os direitos dos servidores públicos serão mantidos. “A carreira pública continua com seus direitos e regramentos. Os servidores que optarem por ficar – e nosso desejo é que todos fiquem – terão a gestão do seu trabalho administrada pelo GHC, mas com todos os direitos garantidos”, frisa.

Elaine destaca que serão melhoradas as condições de trabalho. “Hoje, sabemos que embora fundamental, não só o salário influencia na vida do trabalhador. As condições de trabalho também contribuem fortemente para a satisfação profissional”, pondera.

Plano de Reestruturação – O Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro representa um compromisso do Ministério da Saúde em garantir um sistema de saúde mais robusto, acessível e de qualidade para todos. O objetivo é restaurar a confiança da sociedade nos serviços oferecidos, assegurando que a população tenha acesso à saúde de forma digna e eficaz.

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção dos servidores por outros locais de trabalho.

Atualmente, as unidades estão com emergências fechadas, leitos bloqueados, déficit de funcionários e dificuldades de abastecimento. Duas unidades já iniciaram seu processo de reestruturação.

Além do hospital de Bonsucesso, no 1º deste mês, a ministra Nísia Trindade assinou Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) para a fusão do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE). Nos próximos seis meses, a unidade passará por um estudo preliminar conjunto que verificará a viabilidade de implementação de um novo hospital universitário. 

O Ministério da Saúde criou um canal de atendimento para tirar dúvidas de servidores sobre o plano de reestruturação. Os questionamentos são recebidos por email e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.

(Via Ascom/MS)

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