Má gestão deixa escolas sem merenda em Japeri

Já foram licitados R$ 10,6 milhões este ano, e a Prefeitura disse que está licitado outros itens, mas onde está o edital que ninguém viu até agora?

 

Depois de fraudes e superfaturamento apontados pelo Tribunal de Contas do Estado em contratos firmados para atender a rede municipal de ensino de Japeri, surge agora mais um ponto negativo, a má gestão, que está comprometendo a merenda nas escolas municipais, embora já tenham sido homologadas atas de registro de preços em favor de quatro empresas, no valor de R$ 10,6 milhões. A péssima administração do prefeito Cesar Melo fere o setor de Educação, que conta com o maior volume de receita do município, mas não funciona como deveria. O que se comenta nos corredores do poder em Japeri é que o prefeito não exerce sua autoridade sobre a Pasta, que teria uma administração paralela, embora seja ele quem homologa as licitações, contratos e ordens de pagamento.

De acordo com algumas mães de alunos, tem semana que as crianças recebem apenas frutas como alimento, e na parte da manhã, em algumas unidades, as aulas tem sido encerradas duas horas mais cedo por conta da falta de merenda.

Sem edital – O pregão para contratar o fornecimento de gêneros alimentícios para a merenda escolar foi feito em fevereiro deste ano, tendo sido vencido pelas empresas Distribuidora de Cestas Vassouras, DN Grill Produtos Alimentícios, A&M Mercado Passarela e Linck Comercio e Serviços. Ontem (5), em resposta ao RJTV da Rede Globo de Televisão, a Prefeitura divulgou uma nota dizendo que estaria procedendo com uma nova licitação para normalizar a merenda escolar, mas nenhum edital nesse sentido é encontrado do Portal da Transparência.

Segundo gente da própria Prefeitura, a falta de merenda nas unidades da rede municipal de ensino se deve à desorganização, pois na licitação de fevereiro foram deixados de fora itens como arroz, feijão ou macarrão, numa situação que ainda não foi explicada pelo governo.

Sem força – Embora esteja há pouco mais de um ano no cargo, o prefeito Cesar Mello já é apontado como o pior governante que o município já teve. Ele sucedeu o prefeito Carlos Moraes Costa, que foi preso no final de junho do ano passado, sob acusado de associação para o tráfico de drogas.

A precariedade, segundo algumas lideranças comunitárias, é verificada em todo o serviço público, mas o impacto é maior nos setores de Educação e Saúde, onde os responsáveis estariam com mais poder do que o prefeito, embora a caneta esteja nas mãos de Cesar Melo.

A falta de autoridade do prefeito seria a causa maior do fracasso da gestão dele. “O Cesar é bem intencionado, mas não está conseguindo se impor. Ele não estava preparado para governar, mas o cargo acabou caindo no colo dele. Ele precisa entender que é o prefeito, e que precisa se impor como tal, porque no final quem responde à Justiça é ele”, diz um aliado preocupado.

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