Servidor da Prefeitura de Queimados teria usado carro do conselho tutelar para transportar criminosos, aponta denúncia do MP

Reprodução

Com apoio da Polícia Civil agentes doGrupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (GAECO), cumpriram na manhã desta terça-feira (2), cinco mandados de prisão e dois de busca e apreensão em bairros do município de Queimados, na Baixada Fluminense.

Entre os denunciados à Justiça pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão qualificada estão um policial civil da ativa e um servidor público municipal. O policial , de acordo com o Ministério Público, seria o responsável por fornecer armas e tentar impedir a prisão de comparsas, e o funcionário da Prefeitura, segundo a denúncia, “teria atuado como motorista do grupo, transportando os criminosos no carro do Conselho Tutelar de Queimados, além de repassar informações e intermediar encontros entre os líderes da milícia”.

De acordo com as investigações o grupo atuava nos bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, praticando extorsões contra comerciantes e mototaxistas, exigindo pagamento de “taxa de segurança” e recolhiam as chaves das motocicletas como forma de coação.

Ainda segundo as investigações, para dar aparência de legalidade às cobranças, era usada uma empresa de fachada de uma empresa,  a Mibius Segurança Privada, que distribuía cartões com telefones e chaves PIX para recolhimento das quantias extorsivas.