PF e MPF desarticulam quadrilha que fabricava fuzis para facções no Rio

Linha de montagem do crime tem capacidade de montar 3.500 unidades

A operação desta quarta-feira é um desdobramento de uma realizada em 2023, na qual foi preso Silas Diniz, apontado como chefe do esquema e tinha 47 fuzis em sua mansão na Barra da Tijuca – Foto: Divulgação/PF

Em apoio ao Ministério Público Federal, agentes da Polícia Federal realizaram ma manhã desta quarta-feira (15) a Operação Forja, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. A linha de montagem, segundo as apurações, tem capacidade estimada em 3.500 fuzis por ano, armas que abasteciam as principais facções do Rio de Janeiro como o Complexo do Alemão e a Rocinha.

Os agentes cumpriram dez mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados, visando descapitalizar a organização criminosa.

A ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal (Gaeco/MPF) e conta com o apoio da Polícia Militar de São Paulo.

A investigação é um desdobramento da Operação Wardogs, deflagrada em outubro de 2023, quando Silas Diniz, apontado como chefe do esquema, foi preso com 47 fuzis em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Suoeste do Rio.