Dívidas e gastos considerados desnecessários preocupam em Aperibé

Mas a preocupação parece não afetar o prefeito nem os vereadores

A Prefeitura vem acumulando parcelas atrasadas de acordo firmado para quitar dívida previdenciária

Com 11.759 moradores, segundo estimativa do IBGE, Aperibé, no interior fluminense, é uma cidade pequena em número de habitantes, mas grande em problemas, a maioria, segundo alguma lideranças locais, criada pela má gestão. O município tem dividas estimadas em cerca de R$ 50 milhões, pendências com a caixa de previdência nos servidores – a Capma -, sofre com a falta de transparência em relação aos gastos públicos, processos licitatórios e com despesas consideradas desnecessárias, como a da ampliação da Câmara de Vereadores, por exemplo, orçada em R$ 363.076,59.

No caso da Caixa de Assistência, Previdência e Pensões dos Servidores, os funcionários não conseguem saber da real situação financeira da autarquia. Há anos que os prefeitos vêm retendo as contribuições dos servidores e a patronal, acumulando um débito volumoso, que pode aumentar ainda mais, já que o prefeito Vandelar Dias da Silva não vem pagando as prestações de um acordo firmado no ano passado para quitar uma dívida de R$ 1.212.880,27 em 60 meses. Segundo dados do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (Cadprev), nove parcelas estão atrasadas e o débito referentes a estas prestações somam ate este sábado (21), R$ 219.478,84.

Além do acordo do ano passado que não está sendo honrado pela Prefeitura, outros dois de 2012 não foram cumpridos e um dívida que há sete anos era de cerca de R$ 12 milhões, triplicou. Tanto é assim que já foram propostos seis acordos de 2017 para cá, somando mais de R$ 37 milhões. Destas propostas de parcelamento só foi aceito até agora o acordo 140/2018, que está com nove mensalidades atrasadas. Dois acordos no total de R$ 18.535.385,96 não foram aceitos e três, que somam R$ 17.323.505,96 estão dependo de envio de documentos por parte da Prefeitura.

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