De direito o mandato de prefeito do hoje deputado estadual Max Lemos (foto) em Queimados terminou no dia 31 dezembro de 2016, entretanto, nos ambientes políticos locais ele é apontado como prefeito de fato, observações feitas por quem acompanha a gestão do prefeito de direito Carlos Vilela desde a posse, em janeiro de 2017.
“Vilela não nomeou nenhum secretário sem o aval de Max”, diz um vereador da cidade, lembrando que o “sucessor” de Max ainda foi exposto à constrangimento em matéria veiculada pelo SBT, dando conta de nomeações de supostos assessores fantasmas ligados ao ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. “Max teve dois mandatos de direto, está terminando um de fato, e pretende eleger um irmão para continuar mandando na administração municipal. Ele pensa que é dono do município e senhor da vontade do povo”, emenda o vereador, dizendo ainda que “o próprio Max não esconde o controle sobre ações da administração municipal. Às vezes é surpreendido se colocando como prefeito”.
Quarto mandato – Secretário de Fazenda na gestão de Max, Carlos Vilela, foi eleito em outubro de 2016. Lançado candidato do governo, não tinha mais que 5% das intenções de voto no início da campanha, mas foi levado à vitória pela avassaladora máquina do PMDB (hoje MDB), comandada no estado do Rio de Janeiro pela família Picciani, mentora política de Lemos, nomeado secretário de Governo logo no primeiro ato de Vilela como prefeito.
Para algumas lideranças locais o lançamento do secretário de Educação Lenine Lemos como pré-candidato a prefeito sugere que mais estaria vendo numa possível eleição do irmão um quarto mandato.
“É difícil achar alguém que pense o contrário hoje. Max tem uma sede de poder muito grande. Está se lançando em Nova Iguaçu, mas quer Queimados também e não seria surpresa se derrotado em Nova Iguaçu não venha ser nomeado super secretário numa eventual gestão do irmão como o foi na administração de Vilela até sair do cargo para disputar um mandato de deputado”, diz um ex-aliado.
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