Vista como “cara e supérflua”, Câmara de Vereadores de Seropédica não revela como está gastando o dinheiro do povo

Em junho deste ano a Câmara recebeu repasse de R$ 799.254,06

Sob investigação do Ministério Público por a partir de denúncia dando conta de farra com dinheiro público em viagens para supostas participações dos membros da Casa em congressos, o Poder Legislativo de Seropédica, na Baixada Fluminense, prima também pela falta de transparência nos gastos gerais dos valores repassados todos os meses a título de duodécimo pela Prefeitura. Pelo menos é o que sugere a falta de informações sobre os gastos da chamada “Casa do Povo”, mas qual o povo tem preferido mesmo é passar longe.

O que se tem ouvido na cidade nos últimos dias – depois que o escândalo da compra de preservativos, gel lubrificante e até Viagra com dinheiro liberado para vereadores participarem dos tais congressos de capacitação veio à tona através do jornal SBT Rio – são questionamentos sobre a utilidade da Câmara Municipal, considerada “cara e supérflua”.

Cerca de R$ 800 mil por mês – Composta de dez parlamentares, a Câmara recebe cerca de R$ 10 milhões por ano, mas as despesas não estão disponibilizadas de forma clara no Portal da Transparência como determina a lei. O último balancete encontrado é o de junho, apontando uma receita de R$ 799.254,06 naquele mês, repasse do qual não sobrou um centavo sequer, o que sugere que economia, mesmo em tempo de pandemia e crise mundial, não é o forte dos representantes do povo de Seropédica.

De acordo com o balancete de junho, a Câmara gastou R$ 507.201,17 com pessoal e R$ 291.752,89 com despesas de custeio, mas não dá para saber, por exemplo, quanto custam os vereadores e seus assessores, pois os salários não estão disponibilizados no site oficial da Casa, que é presidida atualmente por José Celso da Costa.

*O espaço está aberto para manifestação da Câmara Municipal de Seropédica.

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