Elizeu Pires
No dia 2 de maio de 2017 o hoje prefeito de Queimados, município pobre da Baixada Fluminense, usou sua conta no Twitter para criticar a relação amigável entre os poderes Executivo e Legislativo. Glauco Kaizer escreveu: “Uma Câmara de Vereadores leniente, somada a aliados políticos que só sabem concordar, torna fraco e frágil qualquer governo”. O tempo e a eleição para prefeito parecem ter mudado bastante a opinião de Glauco que, há pouco mais de quatro meses no governo, vem usando a máquina administrativa para agradar membros de seu bloco de sustentação na Câmara, tendo, inclusive, nomeado vários parentes de vereadores.
Prefeito mais mal votado desde a emancipação do então distrito de Nova Iguaçu, Glauco foi escolhido por apenas 28,83% dos eleitores deles, uma maioria de evangélicos, e seria para esse grupo, apontam lideranças locais, que ele estaria governando. “Além de frágil”, entendem lideranças locais, “a gestão de Kaizer está empacada”, e ninguém está responsabilizando por isso o loteamento de carros para atender membros da Câmara Municipal.
Coincidência ou não, é do meio evangélico a maioria dos parentes de vereadores nomeados por Glauco, com ele unindo o útil ao agradável, beneficiando, ao mesmo tempo, Câmara e seus irmãos de fé. É o caso, por exemplo, dos parentes do vereador Thomas Jeferson Alves, o Thomas da Padaria (PTC), membros da Igreja Batista Central de Queimados (IBCQ), a qual o prefeito pertence.
Na lista dos que indicaram parentes Thomas Jefferson está no topo. Ele conseguiu empregar a noiva Thayane de Paula Nogueira, a sogra,Telma Maria de Paula Nogueira e as tias Maria de Fátima Perenciolo e Rita de Cassia Perenciolo.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados e dos citados na matéria.
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