Eleição suplementar de Itatiaia: Irineu vira alvo de ataques de suposto pré-candidato paralelo do prefeito interino, que seria o nome de Dudu

● Elizeu Pires

Dudu Guedes já foi Bruno Diniz e agora estaria apontando o dedo indicador em direção ao interino Vaninho

Barrado pela Justiça em sua tentativa de emplacar um terceiro mandato consecutivo, o ex-prefeito de Itatiaia, Eduardo Guedes, o Dudu, ainda não teria se dado por inteiramente vencido e já teria iniciado uma batalha para voltar ao poder, ainda que interinamente. Seu escolhido para a eleição suplementar que ocorreria no dia 11 de abril era o vereador Bruno Diniz (Solidariedade), a favor de quem se manifestava publicamente. Porém, pelo que se comenta hoje nos ambientes políticos locais, o preferido agora seria o também vereador e prefeito interino Silvano Rodrigues da Silva, o Vaninho (PSC), que poderá contar ainda com linhas auxiliares para detonar quem for considerado adversário mais forte, o que já teria começado acontecer antes mesmo das convenções partidárias, com insinuações de inelegibilidade do segundo mais votado nas eleições de 2020, o empresário Irineu Nogueira (PTB).

Os primeiros disparos foram feitos via redes sociais por um político pouco conhecido da população de Itatiaia, um nome que, segundo os conhecedores da política local, não teria expressão política capaz de quebrar o poderio da máquina administrativa, Rafael Borher (PSB), que, ao que as circunstâncias indicam, poderia vir a fazer o papel de franco atirador na campanha a ser iniciada no dia 7 de agosto, para uma eleição marcada para 12 de setembro. Para observadores mais atentos, as alfinetadas do rapaz no grupo que há 32 anos comanda a cidade, hoje representado pelo atual interino Silvano Rodrigues, seria apenas uma forma de Bohrer “camuflar” seus bombardeios contra o pré-candidato do PTB, considerado a bola da vez na nova corrida eleitoral.

Armas auxiliares – A “garrucha” de Borher, no entanto, não deverá ser a única apontada contra Nogueira, já que outros pré-candidatos considerados membros de um mesmo grupo deverão partir para o ataque contra o pré-candidato do PTB e com isso tentar favorecer o candidato do governo, muito provavelmente o próprio Vaninho. Entre os postulantes a atirarem em Irineu também estaria ainda o médico concursado da prefeitura, Márcio Braga, aliado político do ex-prefeito interino Imberê Moreira, afastado desde o último dia 8 de junho pela Justiça, que acolheu uma denúncia do Ministério Público relacionada a um suposto “arrendamento” da prefeitura para o que o MP classificou como organização criminosa.

 Em conversa com o ex-secretário de Saúde  Marcus Vinícius Rebello Gomes – preso no final de abril junto com outros membros do governo de Imberê, aparece um fala na qual é feito um pedido de “gordurinha”, que seria a elevação no valor mensal cobrado pela gasometria do hospital municipal. O relatório da conversa monitorada com autorização da Justiça, Marcus respondeu ao interlocutor que seria Márcio Braga, que passaria de R$ 1.200 para R$ 1.500 por mês.

Tiro fake – Na verdade o disparo de Bohrer sugerindo a inelegibilidade do pré-candidato do PTB foi um mero estalinho. Ele postou que a votação de Irineu Nogueira em 2020 foi anulada, mas esqueceu que em fevereiro deste ano uma decisão do juízo da 198ª Zona Eleitoral reconheceu a regularidade da candidatura de Nogueira, que chegou a ser colocada em dúvida pelo fato de a substituição do candidato a vice na chapa do PTB não havia sido atualizada no site do TSE, embora a alteração já tivesse sido feita.

A confusão se deu quando Solange Costa que havia sido escolhida como companheira de chapa de Irineu, foi substituída por Thiago Goes. O reconhecimento da regularidade da candidatura atendeu a um despacho do Ministério Público em recurso impetrado pelos advogados de Nogueira, derrubando a informação de que os votos conferidos a ele teriam sido anulados.

*O espaço está aberto para os citados na matéria.

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