Garotinho diz que órgão do governo do Rio tem 25 mil funcionários fantasmas e que a Justiça “tem de agir imediatamente”

● Elizeu Pires

Garotinho rasgou o verbo na entrevista ao jornalista Marlon Brum

“Eu só serei candidato a governador. Não estou atrás de um emprego público. Estou atrás de uma missão para salvar o nosso estado de um novo Sérgio Cabral que se apresenta para a população”.

A afirmação foi feira pelo ex-governador Anthony Garotinho, confirmando sua pré-candidatura ao Palácio Guanabara pelo União Brasil, apesar de um manifestação de apoio a Claudio Castro assinada por alguns membros do partido. A “metralhadora” de Garotinho foi disparada na noite de terça-feira (12) no Estúdio B – Central de Entrevistas, onde ele foi recebido pelo jornalista Marlon Brum. Com duras críticas ao governador, acha que quase nada mudou em relação à era Sergio Cabral.

“Foi uma grande decepção para mim. Cheguei a fazer algumas declarações de incentivo e apoio a ele (Claudio Castro), mas fiquei olhando a equipe que ele estava montando e não vi algo diferente daquela quadrilha que assaltou o estado do Rio de Janeiro”, afirmou em uma entrevista de mais de uma hora e sete minutos de duração, referindo-se aos governos de Sergio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

Assinatura falsa – De acordo com o político, o governador Claudio Castro estaria empenhado em impedir sua candidatura. Segundo Garotinho, o empenho é tão grande que uma carta enviada ao jornal O Globo em nome de um diretor do União Brasil, informando que ele não seria candidato, foi redigida no Palácio Guanabara, mais precisamente na Secretaria de Governo, pasta comandada por Rodrigo Abel.

Garotinho disse que a carta fora enviada na véspera de uma entrevista que ele deu ao jornal, e que a assinatura do documento atribuído ao dirigente partidário era falsa. O ex-governador disse ainda que documento semelhante foi enviado a Rede Bandeirantes, também com a intenção de evitar que ele fosse entrevistado.

Na boca do caixa – Na entrevista ao jornalista Marlon Brum Garotinho foi firme ao denunciar o que ele classificou como existência de funcionários fantasmas no governo, ao em torno de 25 mil, segundo ele, na Fundação Ceperj, órgão criado há 12 anos, e que tinha inicialmente cerca de mil contratados.

Segundo o pré-candidato do União Brasil, esses funcionários não teriam contracheques e receberiam na boca do caixa. “A eleição no Rio está sendo comprada. Isso é um escândalo. A Justiça tem de agir imediatamente”, afirmou.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.