● Elizeu Pires
Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, é a cidade onde foi registrado o maior volume de saques na boca do caixa das contas do Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, órgão usado para turbinar a campanha do governador Claudio Castro e de alguns aliados, segundo foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral, mas três municípios da Baixada Fluminense estão no topo da lista de retiradas em dinheiro vivo.
De acordo com as investigações, a contratação de pessoal através do Ceperj era feita de forma escondida e os pagamentos ocorriam de maneira nada transparente. Pelo que foi apurado, só de uma agência do Bradesco em Campos foram sacados R$ 12,1 milhões.
Segundo os números da planilha anexada na ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral para tentar cassar o mandato do governo e dos deputados Rodrigo Bacellar, Max Lemos, Áureo Ribeiro e Leo Vieira, os saques em contas do Ceperj no Banco Bradesco em três agências localizadas na Baixada Fluminense passam de R$ 15 milhões.
Foi sacado o total R$ 7,1 milhões numa agência do Bradesco em Nova Iguaçu, R$ 4,9 milhões numa agência da mesma instituição em Duque de Caxias, e R$ 3,9 milhões no Bradesco de Nilópolis. De acordo com a planilha, no todo da lista estão ainda agências do Bradesco em Barra Mansa (R$ 5,1 milhões), Bangu (R$ R$ 4,4 milhões) e Volta Redonda (R$ 4,1 milhões).
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