Ex-governador Pezão pode voltar às origens em 2024

Duas vezes prefeito de Piraí, ele pensar em governar a cidade novamente

● Elizeu Pires

Pezão falou sobre tudo na entrevista comandada por Marlon Brum – Foto: Estúdio B

Quando o ex-governador Luiz Fernando Pezão recusou o convite do governador Claudio Castro para assumir o comando da Secretaria Especial de Integração Metropolitana, não estava dizendo que não retornaria à vida pública. A recusa, diz, foi para evitar constrangimentos, uma vez que chegou a ser preso sob a acusação de prática corrupção e foi condenado por isso em primeira instância, sentença que não o deixa em situação de inelegibilidade nem o impediria de assumir a Pasta.

Muito à vontade e falando sobre tudo o que lhe foi perguntado, Pezão esteve ontem (7) no Estúdio B – Central de Entrevistas, onde conversou por mais de uma hora com o jornalista Marlon Brum. Entre outras coisas, externou a possibilidade de disputar a Prefeitura de Piraí, no Sul Fluminense, município onde se iniciou na carreira política, tendo sido vereador por 10 anos e cumprido dois mandados de prefeito.

¨Não estou inelegível. Se quisesse poderia ter concorrido a qualquer cargo nas eleições do ano passado, mas preferi aguardar, pois estou condenado em primeira instância (pela 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro). O que quero é ser julgado logo pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e até entrei com um habeas corpus para que isso aconteça o mais breve possível. Este é meu único processo e espero resolver de uma vez, pois tenho certeza de que serei absolvido, já que não provaram nada do que me acusaram”, disse Pezão ao elizeupires.com antes de entrar para a entrevista.

Além do processo da 7ª Vara no qual foi condenado pelo juiz Sergio Bretas – que foi afastado do cargo por decisão do Conselho Nacional de Justiça, onde o magistrado responde por supostos desvios de conduta –, Pezão era investigado por supostamente ter recebido uma doação de campanha via caixa dois de R$ 4 milhões, valor que teria sido pago por uma empreiteira.

Este inquérito, entretanto, foi arquivado por determinação do ministro Gilvar Mendes, do STF, por que a denúncia fora feita em delação premiada do ex-governador Sergio Cabral, já anulada pela Suprema Corte.

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