Apesar de se dizer “amordaçado” participa das ações do governo
O comportamento do vice-prefeito de Resende, Geraldo da Cunha, anda causando desconfiança e até indignação em boa parcela da população. Geraldinho, como é popularmente conhecido, estaria evitando se envolver em assuntos polêmicos durante os atendimentos que presta em seu gabinete, na sede administrativa municipal, alegando estar sofrendo com uma espécie de “mordaça” imposta pelo prefeito Diogo Balieiro Diniz. Mas para os observadores mais atentos, o vice estaria apenas optando por ficar em cima do muro para não sofrer com o desgaste precoce do governo de Balieiro já que ele teria planos de se candidatar a deputado estadual em 2018.
Membros do governo admitem que Geraldinho participa ativamente das decisões, prova disso seria a presença, e a postura dele, em praticamente todos os eventos da administração municipal. Há alguns dias, por exemplo, o “amordaçado” Geraldinho proferiu um longo discurso durante a 10ª Conferência Municipal de Assistência Social, em seguida pousou para fotos ao lado do prefeito e de outros membros do governo. Um comportamento bem diferente do que foi denunciado pelas redes sociais no mês passado, quando moradores de uma área de posse da região Oeste alegaram terem procurado ajuda do vice para o impasse que envolve a ocupação de uma área, ocasião em que Geraldinho teria informado estar “impedido” pelo prefeito de falar, sendo representado por assessores na função de porta-vozes.
A passividade, ou o oportunismo de Geraldinho, também já causa mal estar no meio político. No começo do ano, o vice teria assistido de braços cruzados diversos colegas de partido, o Democratas, ficarem de fora da composição do governo municipal. Uma indiferença que chegou ao presidente do partido, Cristiano Gonçalves, exonerado após um mês ter sido nomeado por Balieiro. Na ocasião, Geraldinho, indicado por Cristiano para compor a chapa com Balieiro, disse apenas que “foi pego de surpresa” e nunca mais tocou publicamente no assunto.
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