Depois de cair no canto da sereia entoado por Washington Reis, vice-governador fica em situação difícil no Palácio Guanabara

● Elizeu Pires

O governador Claudio Castro (PL), vem, desde sempre, sendo alertado pelos que lhe são leais, que precisa ficar esperto com duas pessoas que acham que mandam mais no estado do Rio de Janeiro que ele, mas não tem dado ouvidos. Agora parece que caiu a ficha. Sugeriu isso quando decidiu impor a Thiago Pampolha apenas a sua condição de vice-governador, exonerando-o da Secretaria do Meio Ambiente, onde estava desde 2020.

Pampolha passou a andar de salto alto depois que, a convite do ex-prefeito de Caxias, Washington Reis, optou por ingressar no MDB, e até os pombos que fazem ninho no Guanabara sabem que o plano de Reis e do outro “amigo verdadeiro” de Castro, o presidente da Alerj Rodrigo Bacellar, é mandar na parte do governo que ainda não controlam, e que dos dois veem em Thiago chances reais de conseguirem isso.

Pois bem. Os que realmente querem livrar Claudio Castro de uma cilada defendem a exoneração de Reis e o enquadramento de Bacellar, que, ao que parece, não sabe que se Castro cair, cairá junto, pois as coisas esquisitas que aconteceram no Ceperj e os contratos estranhos firmados na Secretaria de Educação podem provocar incêndio de grandes proporções.

Perdendo uma grande chance de ficar calado, Washington vem agora se colocar contra a decisão do governador, classificando-a como “um grande erro político”.

Alguém precisa dizer a esse cara que se acha senhor da vontade dos outros, que o grande erro do governador foi lhe entregar, de porteira fechada, a Secretaria de Transportes e lhe permitir o controle de outros setores.

Bom seria se nessa canetada o governador incluísse Reis e, de quebra, fizesse uma limpa na Secretaria de Educação.

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