“Reinado” de Dinho a perigo

O Ministério Público Estadual vai fazer uma devassa na Câmara Municipal de Magé para investigar as denúncias protocoladas na última quinta-feira pelo vereador Álvaro Alencar (PT), dando conta de que o presidente do Legislativo, Anderson Cozzolino, o Dinho (PMDB), estaria cometendo abuso de poder.

De acordo com a denúncia, no último dia 4 Dinho determinou que a chefe do setor de protocolo e o diretor geral da Câmara impedissem que Álvaro vistoriasse o livro de protocolo geral. O vereador queria constatar se uma carta-renúncia assinada pela prefeita afastada Núbia Cozzolino havia sido protocolada na Casa e mantida em segredo.

Vinte e quatro horas após a representação do vereador ter sido protocolada a Promotoria pediu e a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão que foi cumprido no início da noite de sexta-feira. Uma oficial de justiça e policiais estiveram na Câmara e apreenderam vários documentos, que foram levados ao fórum para serem analisados.

Segundo revelou uma fonte, “todas as denúncias serão investigadas, os documentos analisados e se alguma fraude for constatada os responsáveis terão de responder judicialmente por elas”. Ainda de acordo com a fonte, se for constatada fraude o presidente da Câmara poderá perder o cargo e até mesmo o mandato de vereador.

Na representação encaminhada ao Ministério Público o vereador Álvaro Alencar afirmou que Dinho não costuma responder aos pedidos de vistas dos balancetes e os requerimentos de certidão. Álvaro disse ainda que há suspeita de falsificação de documentos e adulteração de atas das sessões realizadas. Alencar afirmou que o presidente da Câmara confunde patrimônio público com patrimônio público privado.

Além da verificação do livro de protocolo Álvaro requereu cópia das atas das sessões realizadas nos dias 16, 18, 23 e 25 de março de 20190, 6, 8, 13, 15, 20, 26, 28 e 30 de abril, 4, 6, 11 e 13 de maio deste ano. Também foi pedido ao MP a divulgação da edição 340 do jornal oficial do município; perícia no computador da oficial de ata, por suspeita de adulteração do livro de ata; cópias do áudio de gravação das sessões realizadas no período de 16 de março a 13 de maio e cópia da suposta carta renúncia da prefeita afastada.

O presidente da Câmara não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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