● Elizeu Pires

Há exatos 13 dias do fim de seus mandatos, prefeitos que não se reelegeram ou não conseguiram fazer o sucessor estão trancando informações de grande importância para os que vão assumir no dia 1º de janeiro, e isso pode lhes custar caro.

Em muitos municípios a tal de transição existe apenas no papel. Equipes até que foram formadas para entregar os documentos que forem pedidos e prestar todas as informações, principalmente sobre a situação financeira, contratos e contas que ficarão para a nova gestão pagar, mas isso não vem acontecendo em várias prefeituras, principalmente no interior do estado do Rio de Janeiro.

Na Baixada Fluminense a situação mais preocupante é em Belford Roxo, onde a equipe do prefeito Marcio Canella (União), está às cegas. O prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos) baixou um decreto nomeando uma equipe para atuar na transição, mas a colaboração não existe. Porém o prefeito eleito já deu o troco. Anunciou que fará uma ampla auditoria e o que for encontrado de errado será encaminhado ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.

Sumiço de processos – Em Paraíba do Sul, um município de 42 mil habitantes, ao que parece, a prefeita Dayse Onofre (Republicanos), ainda não aceitou a derrota para Júlio de Souza Bernardes, o Júlio Canelinha (União), a quem, inclusive, bloqueou no WhatsApp dela. A falta de diálogo está dificultando as coisas para os dois lados. Para Canelinha, que não sabe o que vai encontrar pela frente, e para Dayse, sobre cuja gestão poderá ser passado o pente fino de uma auditoria, como já foi decidido em Belford Roxo.

Júlio diz que não conseguiu “fazer uma transição de fato”, e está tendo dificuldades para entrar nos setores públicos. O prefeito eleito disse em uma entrevista que não sabe o que tem para pagar e que “as informações são muito truncadas”. Canelinha informou que faltam páginas de processo e alguns processos sumiram.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria