A cidade é visitada toda semana por um deputado diferente, todos buscando retorno de um “apoio” que pode não ter servido para nada

● Elizeu Pires

Quando, em março de 2024, o então pré-candidato a prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar (foto), filiou-se ao PL, observadores mais atentos à política local chegaram a alertá-lo de que estava cometendo um erro, pois liderava com folga as pesquisas de intenção de votos e não precisava da complicada legenda para nada.

Balthazar preferiu ouvir a meia dúzia de quatro ou cinco que lhe preserva da realidade que o cerca e, ao que parece, pode ter virado refém.

Alguns ainda aliados acreditam que ele vai ter de se desdobrar para agradar a todos, tanto os de fora quanto os de dentro, o que deverá ser impossível de se conseguir, pois o município tem pouco mais de 100 mil eleitores, ou seja, pouca água para saciar tantos sedentos.

Gente que estava muito próxima na campanha hoje já nem consegue chegar perto do agora prefeito, que parece não precisar mais de ninguém, pois teria a segurança do reeleito presidente da Câmara de Vereadores e sua tropa, e a certeza de que quem está num partido cheios de senhores da vontade do povo realmente não teria nada a temer.

O problema é que a realidade é bem outra: medidas antipáticas terão de ser tomadas por seu governo daqui para frente, o que certamente vai desagradar a Câmara e a turma do PL.