● Elizeu Pires

A decisão tomada ontem (16) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, que manteve a sentença de primeira instância que tira o mandato do vereador de Casimiro de Abreu Pedro Igor Gadelha (União Brasil), pode complicar e muito a vida do prefeito daquele município, Ramon Gidalte, segundo avalia quem conhece o inteiro teor do processo.
É que o TRE-RJ determinou o prosseguimento da ação de investigação eleitoral que visa apurar a suposta compra de votos feita por Ramon e seu vice, Marquinho da Maquina Mecânica, uma vez que o material apreendido no dia das eleições e que serviram de embasamento para o processo que tira Gadelha do mandato, tinha os nomes dos então candidatos a prefeito e vice.
A ação contra o prefeito e o vice tinha sido rejeitada pelo juízo de primeira instância, que, inclusive, atribuiu aos advogados autores, Paulo Mazzei e Marcio Kulkamp Casemiro, litigância de má fé, o que acabou caindo com a decisão do TRE-RJ.
O material usado para sustentar a ação foi apreendido com o cabo eleitoral Glauco Pereira da Penha, que na época era assessor parlamentar de Pedro Gadelha. No baú da moto de Glauco foram encontratos R$ 2.400,00, uma lista com nomes com números de títulos de eleitores e santinhos com os nomes e números dos candidatos a vereador Pedro Gadelha, 44.123, prefeito Ramon Gidalte e Vice Marcos Frése Miller.
Os desembargadores determinaram o retorno do processo ao Ministério Público eleitoral para investigar o crime do artigo 299 do Código Eleitoral (compra de votos e corrupção eleitoral), e caso prefeito e vice sejam condenados os eleitores de Casimiro de Abreu terão de retornar às ruas em pleito suplementar.
Estaria pesando nisso o fato de Gadelha ter intimo relacionamento político e eleitoral com o prefeito Ramon Gidalte, de quem foi secretário de Saúde.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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