Ministério Público diz em ação penal que presidente da Câmara de Mesquita é líder de organização criminosa

● Elizeu Pires

Sancler Nininho assumiu a presidência da Câmara em fevereiro de 2019 com prometendo moralizar a Casa. Ao que parece as coisas só pioraram por lá

Três anos e seis meses após assumir a presidência da Câmara Municipal de Mesquita com um discurso de moralidade e transparência, o vereador Saint Clair Esperança Passos, o Sancler Nininho, está em maus lençóis e corre risco de ser preso. O Ministério Público pediu a prisão cautelar do político e de mais sete pessoas – a maioria funcionários comissionados da Casa -, entre elas um cunhado do político.

A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu representou na Justiça contra ele, apontando o político como líder de uma organização criminosa que teria se instalado no Poder Legislativo mesquitense. Além da prisão preventiva, o MP quer o afastamento de Nininho do mandato de vereador e da função de presidente da Câmara.

Conforme o elizeupires.com já revelou em matérias publicadas a partir de fevereiro de 2021, o Ministério Público foi acionado para investigar denúncias de nomeações de funcionários fantasmas e pagamentos indevidos. De acordo com o MP, as investigações apontaram que “eram utilizadas diferentes práticas ilegais, como a nomeação de funcionários fantasmas, cujos vencimentos eram recebidos pelos integrantes da organização criminosa”. A Promotoria cita ainda que o presidente “se apropriava dos valores pagos a título de indenização a funcionários comissionados que eram exonerados”. 

Cunhado como operador – As investigações constataram que para facilitar o esquema o presidente da Câmara transferiu para o setor de Protocolo da Casa a responsabilidade de emissão de cheques, o que deveria ser feito pelo Departamento Financeiro.

A representação menciona que Hevandro Araújo Menezes, chefe do setor de Protocolo, não entregava a ordem de pagamento ao favorecido lega, repassando a um cunhado de Sancler Nininho, identificado na denúncia como Winkler Ferreira Gouveia, que depositava os cheques em sua conta corrente.

*O espaço está aberto para manifestação do presidente da Câmara de Mesquita.

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